Nesta sexta-feira (4), Dia Mundial de Combate ao Câncer, a comunidade médica do Brasil volta a atenção para formas de prevenção e tratamento para os diferentes tipos de câncer que acometem a população anualmente.
Somente em Santa Catarina, uma análise do triênio 2020 – 2022 realizado pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) mostrou que o câncer colorretal é o que mais acomete tanto os homens quanto as mulheres que vivem no Estado.
A doença é também a segunda de maior incidência entre os cânceres em ambos os sexos. Em números totais, 2.350 catarinenses foram acometidos pela doença nos último três anos.Apesar do índice alarmante, o médico oncologista Wesley Pereira Andrade tranquiliza: “a imensa maioria dos cânceres pode ser tratada e curada, principalmente quando é descoberta na fase inicial. A chave da cura está no diagnóstico precoce”.
“Quanto mais cedo for descoberto, menor a necessidade de tratamentos agressivos e por consequência, os custos relacionados à assistência”, diz o INCA. Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica mostrou que, no ano de 2017, os gastos diretos com câncer no SUS foram estimados em R$ 4,5 bilhões.
O quadro, segundo a própria OMS (Organização Mundial de Saúde), poderia ser evitado, afinal, para alguns tipos de cânceres, existem tratamentos de rastreamento eficazes. Esse é o caso, por exemplo, do exame de colposcopia, que identifica o câncer de colo de útero nas mulheres.“Ainda mais importante que o diagnóstico precoce é a prevenção, já que alguns tipos de câncer podem ter seu risco diminuído, e até mesmo extinto, através de hábitos de vida saudáveis como exercícios físicos periódicos, boa alimentação, não fumar, evitar exposição solar e excesso de bebida alcoólica”, disse o INCA.
Câncer em Santa Catarina
Segundo levantamento do INCA, há cinco tipos de cânceres que mais acometem os catarinenses. Nas mulheres, a maior incidência por habitantes da doença é a seguinte:1º – Câncer de Mama (93,05/100mil habitantes) – 3.370 casos em mulheres;
2º – Câncer Colorretal (31,75/100mil habitantes) – 1.150 casos em mulheres;
3º – Câncer de Colo de Útero (26,67/100 mil habitantes) – 970 casos em mulheres;
4º – Câncer de Pulmão (16,79/100mil habitantes) – 610 casos em mulheres;
5º – Linfoma não Hodgkin (14,34/100 mil habitantes) – 520 casos em mulheres.
1º – Câncer de Próstata (47,08/100mil habitantes) – 1.720 casos em homens;
2º – Câncer Colorretal (32,82/100mil habitantes) – 1.200 casos em homens ;
3º – Câncer de Pulmão (31,80/100mil habitantes) – 1.160 casos em homens;
4º – Câncer de Estômago (22,30/100mil habitantes) – 810 casos em homens;
5º – Câncer de Cavidade Oral (21,68/100mil habitantes) – 790 casos em homens.
Dessa forma, os órgãos reforçam que consultas periódicas de saúde se fazem necessárias anualmente, para evitar quadros mais graves da doença.
Cirurgias durante a pandemiaSegundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde), as cirurgias oncológicas foram consideradas como sendo de “tempo sensível”. Por conta disso, elas não tiveram prejuízos no sistema de saúde catarinense durante o período da Covid-19, quando outras cirurgias passaram a ser eletivas devido a alta demanda de profissionais e espaços médicos para conter o vírus.