Mobilização - 15/02/2022 06:57

Agricultores do Oeste vão fechar rodovias federais por conta dos prejuízos com a estiagem

A mobilização vai acontecer na quarta-feira (16) em rodovias de Chapecó, Curitibanos e Dionísio Cerqueira
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A seca prolongada que vem provocando severas perdas na agricultura há cerca de três anos, motivou moradores do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a realizarem o fechamento de algumas rodovias federais, em diversos pontos da região Sul e Centro Oeste do Brasil.
As manifestações têm como objetivo chamar a atenção dos governos para os danos causados pela crise hídrica, que, segundo eles, afeta a subsistência e sobrevivência das famílias no campo e agrava o avanço da fome no país.
Em Santa Catarina, a mobilização vai acontecer em Chapecó, na BR-282, em Curitibanos, na BR- 116, e em Dionísio Cerqueira, no centro da cidade e na BR-163. A previsão de início é na manhã de quarta-feira (16), às 9 horas, com término programado para às 16 horas.
Pautas
Para o governo Federal, os agricultores reivindicam:
• A prorrogação das parcelas vencidas das operações de crédito rural do Plano Safra 2021/2022 para um ano após a última prestação, com subsídio de juros e 80% de rebate;
• A repactuação das dívidas motivadas por eventos climáticos ocorridos de 2008 a 2020, com rebate de 95%;
• A criação de linha de crédito emergencial de R$ 40 mil por beneficiário, a juro zero, com até 5 anos de carência, 10 anos para pagar e rebate de 30%.
• Garantia no abastecimento de milho via Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), com subsídio de 40% no valor;
• Aquisição de leite pelo governo Federal via PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) para garantir preço justo pago aos agricultores.
Em Santa Catarina, os trabalhadores do campo também reivindicam ações do governador, Carlos Moisés. Conforme a FETRAF, a categoria pede ao governo estadual a anistia das dívidas do Programa Troca-troca e a ampliação dos recursos para minimizar os prejuízos causados pela crise hídrica.
“Os R$ 150 milhões anunciados para 2022 são insuficientes para atender as mais de 100 mil famílias catarinenses afetadas diretamente pela seca. Para atender toda essa demanda de prejuízos, precisamos de pelo menos R$ 500 milhões em recursos”, avalia o coordenador da entidade, Jandir Selzler.
Prejuízos
Segundo informações de órgão públicos, associações e entidades do setor agrícola, os prejuízos vão de 50% a 90% nas principais culturas, como soja, feijão, milho, além de uma queda expressiva na produção de leite por conta da escassez de alimentos para os animais.
Cerca de 160 municípios do Estado são afetados pela estiagem, sendo as maiores perdas registradas na safra do milho, tanto no grão, como para silagem. Segundo a Federação, a queda na produção já supera 50% em diversas lavouras. “São R$ 5 bilhões em perdas já contabilizadas, e este prejuízo aumenta a cada dia”, revela Selzler.

Fonte: ND+
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