JUSTIÇA - 15/02/2022 07:46

Homem que simulou suicídio da ex-mulher é denunciado pelo MP em Palmitos

Denúncia foi aceita pela Justiça na tarde desta segunda-feira (14)
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Homem arrastou o corpo de Iraci até o rio Uruguai – Foto: Polícia Civil

O caseiro de um camping em Palmitos, no Oeste de Santa Catarina, acusado de ter matado a ex-mulher, Iraci de Almeida, de 57 anos, agora é réu em uma ação penal pública denunciado pelo MP (Ministério Público) por homicídio com quatro qualificadoras. A. O réu já cumpre prisão preventiva pelo crime que teria cometido na noite de 13 de janeiro deste ano, no camping em que os dois moravam e trabalhavam.
Segundo a investigação, o caseiro de 50 anos teria matado a sua ex-companheira motivado pelo sentimento de vingança – por ela ter terminado o relacionamento amoroso entre eles – e pelo sentimento de posse. Como a vítima era uma mulher e ela foi morta em razão de sua condição do sexo feminino, o homicídio também foi qualificado como feminicídio.
As condições em que o assassinato foi cometido levaram a outras duas qualificadoras: o emprego da asfixia e o uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima. O suspeito usou de sua proximidade com a vítima para atacá-la de surpresa, agredindo-a com uma paulada na cabeça. O golpe fez com que a mulher perdesse a capacidade de se defender, o que permitiu ao agressor asfixiá-la sem enfrentar resistência.
Entenda o caso
O crime ocorreu na noite de 13 de janeiro, em um camping na localidade de Ilha Redonda, no interior do município de Palmitos, onde o suspeito e a ex-companheira dele trabalhavam como caseiros. Naquela ocasião, o investigado comunicou a PM (Polícia Militar) sobre o desaparecimento de Iraci após, segundo ele, a mulher ter seguido em direção ao Rio Uruguai dizendo estar disposta a tirar a própria vida.
O caseiro afirmou que não havia levado a ameaça a sério, pois não seria a primeira vez que a mulher teria anunciado a sua intenção de cometer suicídio, devido a uma suposta depressão que teria sido causada pela morte da filha dela, cerca de um ano antes.
Com a ajuda dos policiais militares, o corpo da vítima foi encontrado na margem do rio, onde ela, a princípio, teria morrido afogada. A perícia no cadáver não conseguiu comprovar que o afogamento foi a causa da morte. No entanto, encontrou ferimentos na cabeça e nas mãos indicando que ela havia sido agredida e tentado se defender, sem sucesso, antes de ter sido, provavelmente, arrastada desacordada ao local em que teria sido jogada ao rio.
As investigações policiais levantaram vários indícios de que a mulher teria sido vítima de feminicídio – como testemunhos de conhecidos do casal sobre episódios de violência doméstica – e de que o suspeito teria tentado simular o suicídio.

Fonte: ND+
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