JUSTIÇA - 10/03/2022 20:54

Polícia Civil do RS prende torcedor suspeito de arremessar pedra contra o ônibus do Grêmio

Gre-Nal foi adiado do dia 26 e realizado na última quarta-feira
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O responsável pelo primeiro adiamento de um Gre-Nal na história por ato de violência foi preso pela Polícia Civil ontem. Em coletiva de imprensa no Palácio da Polícia, a delegada Ana Luiza Caruso confirmou a prisão de um jovem de 20 anos que a investigação aponta como autor do arremesso da pedra contra o ônibus do Grêmio no dia 26 de fevereiro. Sem antecedentes criminais, o rapaz foi preso em Tramandaí, no Litoral Norte, e teve a prisão preventiva decretada. Segundo a polícia, ele tem ligação com a torcida organizada Guarda Popular, do Inter. Ele tem publicações no Instagram que o vinculariam à torcida, conforme a polícia.

O torcedor vai responder por homicídio doloso tentado com dolo eventual — quando o autor assume o risco de sua ação, mesmo sem querer o resultado. A pena pode variar conforme o entendimento do judiciário, dependendo de quão perto o acusado esteve de concretizar o homicídio. Segundo o Código Penal, seria de seis a 20 anos, podendo ser reduzida de um ou dois terços.

O nome do preso não foi divulgado em virtude da Lei de Abuso de Autoridade. O suspeito do ataque ainda não se manifestou, pois ainda busca um advogado para o defender. Existe a possibilidade que ele só fale em juízo. Segundo a Polícia Civil, uma tatuagem ajudou a identificá-lo.

— É um rapaz jovem, aparentemente obcecado pelo Internacional. A vida parece ser isso. Não tem antecedentes, mas é envolvido com muitas pessoas que têm antecedentes, inclusive de brigas de torcidas e outros crimes ligados à violência — continuou a delegada.

As investigações foram conduzidas pela 2ª Delegacia de Polícia da Capital, a comando da delegada Ana Luiza Caruso, e sob coordenação do diretor da Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre, delegado Nedson Ramos de Oliveira.

Segundo a delegada, no dia do fato, o torcedor não entrou no estádio, mas quem o acompanhava, sim. Isso teria facilitado a investigação, visto que foi possível fazer a identificação deles. Todos teriam vindo de ônibus do Litoral Norte. 

— A pedra foi arremessada e bateu em um banco antes de atingir o jogador. A gravidade dos fatos poderia ser ainda pior. O autor estava presente no Gre-Nal da última quarta e por isso foi pedida a prisão preventiva dele. A gente ainda precisava de uma comprovação, não tínhamos (o mandado) a prisão dele. Foi tudo muito rápido de todas as partes. O Inter colaborou de forma efetiva com a gente — disse Ana Luiza.

A polícia justificou que as imagens do ônibus do Grêmio, da Empresa Pública de Circulação e Trânsito (EPTC), dos batedores e do Beira-Rio ajudaram na identificação do torcedor preso. Mais quatro torcedores foram identificados e irão responder por criar tumulto.

— Não solicitamos a prisão preventiva (dos outros quatro) porque se enquadram em outra situação. Os requisitos são rígidos, mas todos vão responder procedimento e ser proibidos de frequentar estádios. Primeiramente, existe um artigo do Estatuto do Torcedor, que é provocar tumulto e incitar violência no entorno ou nos estádios. Vão responder com base neste artigo — assegurou Ana Luiza.

Conforme a delegada, apesar do suposto autor não ter se manifestado, quem o acompanhava teria dito que eles não imaginavam que o ônibus transportasse a delegação gremista, mas sim parte dos torcedores do Tricolor que se fizeram presentes no Beira-Rio.

Entenda o caso

Na tarde de 26 de fevereiro, o ônibus que levava a delegação do Grêmio para o Gre-Nal 435, válido pela 9ª rodada do Gauchão, foi atingido por pedras e uma barra de ferro arremessadas por torcedores colorados na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, nas proximidades do Complexo Beira-Rio  

O Tricolor, na ocasião, se recusou a entrar em campo e a partida foi adiada para a última quarta-feira (9), quando o Colorado bateu a equipe treinada por Roger Machado por 1 a 0.

Um dia depois do ocorrido, os dois homens suspeitos de terem arremessado a pedra , que haviam sido identificados pelo Inter e detidos, foram liberadas pela Polícia Civil por falta de provas.

Na última quarta, o Inter foi denunciado pelas pedradas que colorados arremessaram e acertaram o ônibus da delegação gremista, provocando traumatismo craniano no volante Villasanti. O Colorado foi denunciado nos artigos 211 e 213 do CBJD. 

Fonte: Gaúcha ZH
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