Um exemplo hipotético de como funcionaria a ferramenta: a prefeitura de Blumenau pretende criar um projeto para despoluir ribeirões. Bastaria usar a plataforma para saber mais sobre o assunto. A ferramenta listaria pesquisas e forneceria o contato de pesquisadores, universidades e laboratórios que tratam sobre o tema. Pode ser que ninguém no Vale do Itajaí esteja trabalhando nisso, mas alguém do Oeste catarinense tem o assunto no radar. A ideia é promover essa conexão que, pela distância física, dificilmente aconteceria.
– O objetivo da plataforma é congregar tudo aquilo que está acontecendo de ponta a ponta no Estado – diz Adriano Rodrigues, diretor de Relação Institucional e Governamental do Sistema Acafe e coordenador do projeto.
O iConecta estará disponível na palma da mão, por meio de um app para celular. Segundo Rodrigues, é para facilitar ainda mais o acesso ao conhecimento. Ele iniciou na última semana uma rodada de apresentações da plataforma. Já passou por Itajaí, Blumenau, Rio do Sul, Brusque e Lages. O roteiro termina no dia 29 deste mês, em Chapecó. A data de lançamento ainda não está definida porque técnicos seguem trabalhando no desenvolvimento do aplicativo.
Rodrigues defende que a produção científica vá além das quatro paredes de um laboratório e se torne efetivamente algo que pode trazer benefícios à sociedade. Para ele, ainda há muito conhecimento subutilizado, principalmente dentro das universidades, e que se perde por falta de divulgação ou oportunidade para colocá-lo em prática.
— A ciência tem que deixar de estar escondida e estar na comunidade — prega.
O diretor da Acafe diz que nenhum outro estado tem esse tipo de plataforma e que Santa Catarina mais uma vez seria pioneira em inovação. A ferramenta é de fácil desenvolvimento e uma baita sacada. O grande desafio será convencer quem produz conhecimento a rotineiramente alimentá-la.
