Foram três dias de evento com mais de 100 expositores – Foto: Leo Munhoz
Durante três dias a cidade de Florianópolis sediou o COP (Congresso de Operações Policiais) Internacional. Essa foi a segunda vez que o evento, considerado o maior de segurança pública da América Latina, ocorreu na capital catarinense.
Foram palestras, debates e a realização de uma feira de negócios com a participação de cerca de 100 empresas, líderes nos segmentos, que apresentaram novidades tecnológicas e táticas existentes no mercado.
O público que visitou o COP nesses três dias pôde ver atrações tecnológicas como o Condor Drop, um drone com capacidade para lançar, sequencialmente, dois lotes de 24 munições que soltam fumaça ou gás lacrimogêneo com muito mais precisão do que quando disparadas manualmente.
A empresa não revela o valor do equipamento, porque ainda aguarda a homologação pelo Exército.
“Ele é uma plataforma que leva um lançador para fazer visualização (tem uma câmera) e pode empregar uma tecnologia não letal para atuar especificamente em controle de multidões, invasões, onde o acesso da polícia não seja muito rápido e fácil, e consiga com a tecnologia”, explicou o coordenador de treinamento da Condor Tecnologias Não Letais Ricardo Soares.
Segundo ele, no caso, pastilhas lacrimogêneas são disparadas, por gravidade, para cair sem força no solo, só para espalhar o agente lacrimogêneo.
Outra atração da feira foi a viatura Multifuncional Falco 360, voltada para operações especiais. O veículo, produzido em Barueri (SP), possui blindagens nível III, ou seja, suporta até tiros de fuzil 762. Tem potência de 360 CV, Motor V6 Diesel, sistema de seteiras e antivandalismo. O automóvel pesa 3,6 toneladas – desse total, 850 quilos são de blindagem.
O automóvel pesa 3,6 toneladas desse total, 850 quilos é de blindagem – Foto: Leo Munhoz
“Um veículo com alto grau de segurança. É um tanque de guerra que passa como um carro civil comum”, disse o diretor da Nassau, montadora do veículo, Paulo Marques. O Falco ainda está em fase de teste por forças policiais.
O veículo é vendido no valor de R$ 1,2 milhão e pode também ser adquirido por particulares, porém o comprador passará por um rigoroso critério de avaliação. A expectativa da empresa é de comercializar cerca de 50 veículos este ano.
Arma de incapacitação neuromuscular
As armas de incapacitação neuromuscular, também conhecidas como taser, também tiveram destaque na feira. O uso desse tipo de arma menos letal é indicado para a contenção de pessoas que ofereçam risco iminente, em alternativa ao uso da arma de fogo.
Armas de Incapacitação Neuromuscular, também conhecidas como taser – Foto: Leo Munhoz
Com tensão de 50 mil volts e corrente elétrica de 1,2 mA, as armas permitem que a pessoa atingida seja imediatamente controlada. Alimentadas por dois cartuchos, elas possuem capacidade para 19 ciclos por segundo e possuem dois pontos laser de visada.
Essa arma de incapacitação neuromuscular atinge os sistemas nervoso, motor e sensorial, causando a incapacitação da pessoa. É comercializada apenas para as forças de segurança.
