PANDEMIA - 29/03/2022 15:40 (atualizado em 29/03/2022 15:44)

SC apresenta redução na média semanal de mortes por Covid-19 e volta ao patamar de 2021

Boletim divulgado pelo Núcleo de Estudos de Economia Catarinense da UFSC equiparou dados entre os dias 19 e 25 de março para obter semelhanças acerca da pandemia entre os anos de 2021 e 2022
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A média de mortes por Covid-19 em Santa Catarina caiu para o mesmo índice apresentado em dezembro de 2021 no Estado, segundo o informe semanal divulgado pelo Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

O estudo foi apresentado nesta segunda-feira (28) e assinado por Lauro Mattei, coordenador-geral do Necat e professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Administração da UFSC.

A análise estudou a evolução da Covid-19 em Santa Catarina entre os dias 19 e 25 de março de 2022, considerando três indicadores: o número total de casos, o número de casos ativos e o número de mortes no Estado.

Analisando os dados, nota-se um crescimento de 1,5% em relação ao índice da semana anterior, tendo sido notificados 10.623 novos casos da doença nos últimos sete dias, o que representa uma redução de 3.543 registros.

Com isso, a média caiu de 2.022 para 1.517 notificações diárias ao final da semana. O número de casos ativos continuou em queda, apresentando uma redução de 25% em relação à semana anterior. No total, 1.587 pessoas se recuperaram da Covid-19 no período.

A redução é praticamente metade da queda dos casos ativos registrada na semana anterior, indicando uma lenta estabilização do número de pessoas positivadas, segundo o Necat, que ainda está em um patamar bastante baixo se comparados aos registros do final de janeiro de 2022.

O estudo aponta que com a redução dos casos ativos, o número de mortes também reduziu no Estado, uma vez que nos últimos sete dias foram registrados apenas 33 óbitos, patamar que fez a média diária cair para 5 mortes por dia na semana. Este índice foi registrado pela última vez em dezembro do último ano.

Evolução em Santa Catarina

Na tabela a seguir, é possível verificar que 434.593 pessoas já foram contaminadas pelo coronavírus em 2022 no Estado. Com isso, a média diária de novos casos está ainda num patamar diário elevado – de 1.517 ao dia -, quando comparado ao cenário registrado nos dois últimos meses de 2021.

Já os casos ativos apresentaram mais uma queda considerável na última semana, sendo que pouco mais de quatro mil pessoas permaneciam acometidas pela doença. Segundo o Necat, a aceleração das mortes registradas no Estado desde o início da segunda quinzena de janeiro de 2022 começou a reduzir.

Evolução da Covid-19 em Santa Catarina – Foto: Necat/UFSC/Reprodução/

Mesmo assim, até o momento, já foram registrados 1.459 mortes somente neste ano. O fato é positivo em relação a elevada queda da média diária de mortes.


“Desta forma, nota-se que esse cenário de continuidade da contaminação da população catarinense não está causando impactos sobre a estrutura estadual da saúde, uma vez que a taxa de ocupação dos leitos UTI-SUS para Covid-19 apresentou aumento em apenas uma região (Grande Florianópolis), porém em patamar ainda baixo”, informa o boletim.

Ocupação das UTIs

A ocupação geral dos leitos de UTI-SUS no estado aumentou em praticamente todas as regiões, exceto no Vale do Itajaí. O patamar de ocupação encontra-se elevado em muitos delas, destacando-se o caso da região Foz do Itajaí, cuja ocupação atingiu 100% na última semana, de acordo com os dados divulgados por Mattei.

Dados referentes a ocupação de UTIs em SC no período de 19 a 25 de março – Foto: Necat/UFSC/Reprodução/

“Sem dúvida, esse cenário de ocupação da estrutura hospitalar na última semana voltou a ser preocupante, muito embora os efeitos benéficos da vacinação completa da população contra a Covid-19 continuem evitando uma maior pressão sobre a rede hospitalar pública de saúde”, diz o boletim.

Informes semanais

A elaboração dos Informes Semanais NECAT utilizam dados disponibilizados pelo governo do Estado por meio dos boletins epidemiológicos divulgados diariamente através da SES (Secretaria Estadual da Saúde), além de informações obtidas em outras fontes, especialmente no Ministério da Saúde.


Fonte: ND+
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