SAÚDE EM ALERTA - 31/03/2022 08:37

SC tem aumento de 108% de casos de dengue, 4 mortes confirmadas e 6 em investigação

SC tem aumento de 108% de casos de dengue, 4 mortes confirmadas e 6 em investigação
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Arte / WH Comunicações

Santa Catarina registrou um aumento de 108% de casos confirmados de dengue até meados de março, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), há quatro mortes confirmadas pela doença e outras seis em investigação.

Além disso, o número de notificações de casos suspeitos da doença cresceu 144%. Desde o início de 2022, o Estado registra um grande aumento dos casos, especialmente na região Oeste.

Por conta desse cenário, a Dive emitiu nesta quarta-feira (30) uma nota de alerta para todo Estado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, só na Capital são 146 casos confirmados da doença e 2.573 focos de mosquito mosquito Aedes aegypti foram encontrados.

“A transmissão de dengue já foi registrada em 38 municípios do Estado. Com o aumento no número de casos, aumenta também a preocupação com o adequado manejo clínico, com a suspeição da doença, notificação e acompanhamento, de forma a evitar casos graves e óbitos pela dengue”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.

Nova frente de prevenção da doença

A partir desta semana o Oeste do Estado conta com uma nova frente para a prevenção da dengue na região. O Centro Regional de Operações de Emergência em Saúde para dengue começou a funcionar e vai auxiliar no direcionamento das ações para o enfrentamento da doença.

O Cigerd (Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres) já acionou suas estruturas regionais para integrar diferentes órgãos do governo do Estado e municípios, permitindo a implantação de medidas rápidas e de forma intersetorial, tanto para controle do mosquito Aedes aegypti, como para assistência dos casos.

Cidades com mortes

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Dive no dia 25 de março, foram registrados 2.657 casos de dengue no Estado, sendo que 2.122 (80%) são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no território catarinense.

Entre os casos confirmados de dengue, 22 apresentaram sinais de alarme e dez  mortes foram notificados pela doença, sendo que quatro já foram confirmados e seis permanecem em investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde.

As quatro mortes por dengue confirmadas em 2022 moravam nos municípios de Criciúma (caso importado), Seara, Itá e Romelândia (os três autóctones). Os seis casos em investigação residiam nos municípios de Chapecó (02), Ascurra, Brusque, Seara e Palmitos.

A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Após a picada, os sintomas podem surgir entre quatro e dez dias.

“Dessa forma, neste momento, é fundamental que a população reforce as medidas de prevenção contra a dengue. Mais do que nunca, é necessário verificar locais que possam acumular água e eliminá-los. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a doença”, reforça Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive.

Sintomas e cuidados

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Ao apresentar sinais e sintomas deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro.

“Além disso, os serviços e os profissionais de saúde do estado precisam estar atentos e sensibilizados sobre o cenário de SC. É necessário realizar o manejo clínico conforme o Fluxograma de Classificação de risco e manejo do paciente. A dengue é uma doença única, pode evoluir para a remissão dos sintomas ou pode se agravar, por isso, exige constante reavaliação e observação, para que as intervenções sejam oportunas”, salienta João Fuck.

Dessa forma, serão realizadas capacitações no formato online com o apoio de médicos infectologistas da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), nesta quinta (31) e sexta-feira (1º), para os serviços de saúde do Estado, com o objetivo de orientar os profissionais de saúde sobre o diagnóstico clínico e diferencial, hidratação monitorada e sinais de alarme na dengue.

Fonte: ND+
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