Homem em pedra acima de queda d'água enquanto tira foto em José Boiteux — Foto: Arquivo pessoal
Um homem foi flagrado fazendo selfie na borda de uma cachoeira em José Boiteux, no Vale do Itajaí. Ele estava em uma pedra logo acima da queda d'água, onde se posicionou para tirar fotos. Um visitante fez o registro e disse ter ficado impressionado com a imprudência, na cachoeira Rio Wiegand.
"Ficou vários minutos tirando selfie. Algumas vezes de pé na beirada e algumas vezes, como na foto, estava sentado", disse o visitante, que não quis ser identificado.
O Corpo de Bombeiros Militar recomenda que as pessoas evitem áreas próximas a cachoeiras, para não escorregar (veja mais orientações abaixo). Em janeiro deste ano, uma estudante morreu ao cair de cachoeira em Joinville e uma professora não resistiu a queda de um costão em Penha. Em anos anteriores também foram registrados acidentes similares.
O comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Timbó, também no Vale do Itajaí, capitão Renan César afirmou que atitudes como o do homem que tirou foto na pedra são perigosas.
"A gente tem observado alguns acidentes que não ocorriam com tanta frequência. Um desses acidentes que antes não aconteciam, mas que agora têm ocorrência são selfies em beiradas de cachoeiras, e também em alguns precipícios", afirmou o capitão.
Orientações
Renan César citou alguns cuidados que visitantes podem tomar para evitar acidentes desse tipo. O primeiro deles é manter alguma distância para não cair.
"Evitar realizar essas fotos nas proximidades dessas bordas de cachoeiras ou precipícios. Dar distância preventiva de 2 metros, até porque existe um grau de desorientação da pessoa que não está acostumada com altura, chamada vertigem. É muito comum ocorrer em pessoas de maneira geral, no afã de fazer uma foto, ou somente visualizando, querer olhar para baixo", disse o bombeiro.
O solo também deve ser observado. "A superfície que a pessoa está pisando, seja dentro da água ou na beira de um precipício, muitas vezes está lisa e pode acabar escorregando. Por isso a gente preserva a distância de 2 metros, que é a altura para mais ou menos, de uma pessoa. Se escorregar e cair, ainda vai ter uma largura de segurança para que possa se proteger e não acabe caindo", explicou.
É preciso estar atento ainda a inclinações. "A pessoa não consegue identificar o fundo do leito do rio. Pode ter inclinação e pessoa pode ser lançada para baixo", resumiu.
Outra recomendação é buscar visitar locais que tenham alguma segurança. "Há brigadista particulares que fazem serviço de prevenção aquática. Eles orientam pessoas, conhecem o local. São guarda-vidas de rios e lagos. Eles têm que ser certificados pelo Corpo de Bombeiros", disse o comandante.
A última orientação está relacionada à vestimenta. "Sempre estar com calçado adequado, que tenha uma sola antideslizante, apropriada", finalizou.
