Normalmente, os primeiros sinais do TEA aparecem na infância, pois a criança apresenta dificuldades na fala e na expressão de pensamentos. Há casos em que ela utiliza muitos jargões, desenvolve repetições demasiadas e discursos descontextualizados ou simplesmente não fala.
“Na maioria das vezes, a grande motivação dos pais ao levarem a criança até o consultório médico é justamente por conta do atraso na linguagem. Eles percebem essa dificuldade e alegam que ela não responde aos chamados. O nosso papel é entender as circunstâncias para diagnosticar da maneira correta”, relata Dr. Paulo Scatulin Gerritsen Plaggert, neuropediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
“Após o diagnóstico, o tratamento com fonoaudiólogo é fundamental para auxiliar nestas questões. Os pais também podem ajudar no dia a dia descrevendo com detalhes tudo o que solicitar a criança, contando história, fazendo perguntas e iniciando diálogos”, complementa a fonoaudióloga do Hospital São Camilo Jackeline Pillon.
Para trabalhar essas vertentes, a psicóloga do Hospital São Camilo Emília de Azevedo destaca a importância do acompanhamento psicológico e da terapia: “A psicologia pode contribuir tanto na fase de diagnóstico como no acompanhamento do paciente autista. Com o tratamento, é possível orientar ele e a família no desenvolvimento de habilidades sociais e auxiliar no ajuste emocional diante da rotina do dia a dia, melhorando, assim, o enfrentamento diante das frustrações, raiva, medos, impulsividade e outros sentimentos”.