ALTA DE PREÇOS - 03/04/2022 10:22

Veja quais são os ‘vilões’ da alta do preço dos alimentos em SC

Falta de chuva e guerra entre Ucrânia e Rússia seguem afetando a economia e o bolso do catarinense
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Alimentação e bebida apareceu entre os produtos que mais aumentaram nos últimos 12 meses em Florianópolis – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O grupo de alimentação e bebidas ficou quase 10% mais caro nos últimos 12 meses em Florianópolis. Apesar disso, alguns produtos devem seguir o mesmo ritmo a sequência da estiagem e a permanência do guerra entre Ucrânia e Rússia, por exemplo.
Primeiro, é importante destacar que os gastos em produção também ficaram mais caros. De acordo com o analista de socioeconomia do Epagri, Rogerio Goulart, os insumos, por exemplo, fertilizantes para plantação triplicaram de preço nos últimos meses.
“Grande parte da nossa importação, como potássio e fosfato nitrogenado vem de países afetados na guerra entre Ucrânia e Rússia. A parte que não vem desses locais ficaram mais caros por conta da questão logística e marítima, por exemplo, pouco contêiner e navios que precisaram mudar de rota resultam no aumento do frete”, explica Rogerio Goulart.
Além do critério de importação, a crise de fertilizantes também é ocasionada por conta da falta do produto no mercado. “A diminuição da importação resulta no aumento do preço internacional”, complementa o analista.
Rogério Goulart destaca ainda que a alta do preço dos combustíveis também é um dos vilões para o encarecimento dos alimentos no cenário nacional e catarinense.
“Assim como a questão da importação, a alta dos combustíveis também resulta no aumento dos produtos por conta do frete entre as cidades e estados”, complementa.
Influência meteorológica
Ainda de acordo com o analista do Epagri/Cepa (Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola), a estiagem prejudicou o desenvolvimento de alguns produtos da safra de Santa Catarina.
Conforme o boletim mensal da Epagri/Cepa, o feijão, um dos principais produtos da mesa do brasileiro, foi prejudicado devido a condição climática.
“As estimativas iniciais para a safra 2020/21 de feijão 1ª safra eram muito boas. Em agosto de 2021, os bons preços praticados durante o ano, bem como a necessidade de promover a rotação de culturas nas áreas de lavouras, motivou produtores a aumentar suas áreas de plantio de feijão, contudo a estiagem frustrou as expectativas”, destaca a equipe no boletim.
Além disso, o milho também é outro produto que deve ficar com preço elevado por conta da estiagem e da guerra entre Ucrânia e Rússia.
Atualmente, a Ucrânia é o 6º maior produtor mundial e Santa Catarina tem um déficit de mais de 5 milhões de toneladas por ano do produto, ou seja, que precisa ser suprido por meio do comércio interestadual e importações.
“As dificuldades de exportação do milho ucraniano, em decorrência do conflito, devem contribuir para manter os preços do milho em patamares elevados e dificultar o abastecimento do estado. Essa situação é agravada pela estiagem que afeta a região Sul do país”, complementa o boletim agropecuário.

Fonte: ND mais - notícia do dia
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