ALERTA NA SAÚDE - 04/04/2022 16:48

Chapecó confirma morte por dengue e epidemia pressiona sistema de saúde em SC

Homem de 73 anos morreu em março no Hospital Regional do Oeste, mas o resultado só foi divulgado nesta segunda-feira após exames de confirmação. Outra morte suspeita está sendo investigada
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Arte / WH3

Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, confirmou nesta segunda-feira (4) a primeira morte causada por complicações da dengue. De acordo com a Vigilância em Saúde, trata-se de um idoso, de 73 anos, que morreu em 23 de março no Hospital Regional do Oeste, mas o resultado só foi divulgado agora, pois a amostra de sengue havia sido encaminhada para confirmação em Florianópolis. Outra morte suspeita está sendo investigada.

De acordo com dados atualizados nesta segunda-feira, Chapecó totaliza 1.282 casos positivos somente neste ano e 1.803 pacientes aguardam resultado de exames, pois apresentam sintomas da doença. Além disso, segundo o boletim, foram identificados 26 novos focos do mosquito Aedes aegypti na última semana, totalizando 337 no ano.

A prefeitura do município informou que as medidas de combate ao mosquito foram intensificadas a partir do mês passado. Seis mutirões de combate à dengue foram realizados nos bairros Líder, Vila Real, Eldorado, Efapi, Cristo Rei e Jardim América, totalizando 83 mil visitas feitas por 60 agentes de combate a endemias, com a ajuda de agentes comunitários.

Ainda de acordo com o município, mais de sete mil depósitos foram eliminados e quase 900 caixas de água inspecionadas, tratadas e vedadas. Também foram recolhidos 800 pneus e atendidas mais de duas mil denuncias. Drones ajudam a identificar criadouros do mosquito em locais de difícil acesso, assim como 30 novos Agentes de Combate a Endemias.

Os ambulatórios do Verdão e do Centro tiveram seus serviços ampliados para atender pacientes com suspeita da doença. Em março, a cidade declarou situação de emergência em saúde por conta da infestação pelo mosquito.
A Vigilância alerta a população para os cuidados necessários, como não deixar locais com água acumulada, usar repelente, receber os agentes de combate a endemias e procurar atendimento médico em caso de sintomas.

Mortes no Oeste

Desde domingo (3) foram registradas três mortes em razão da dengue no Oeste de Santa Catarina. Além de Chapecó, os casos ocorreram em Xanxerê (homem, 51 anos) e Abelardo Luz (homem, 74 anos).

Na Capital do Milho são 677 casos ativos da doença e 141 pacientes esperam resultado de exame, segundo os dados desta segunda-feira. Em apenas 30 dias, os casos aumentaram mais de 8.000% no município, especialmente em março.

A DIVE (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) informou na última sexta-feira (1º) que as mortes mais recentes ocorreram em Criciúma, Itá, Romelândia e Brusque. Os últimos óbitos ocorridos no Oeste Catarinense devem aparece na próxima atualização do órgão.

Situação grave em SC

Santa Catarina identificou 23.253 focos do Aedes aegypti em 209 municípios neste ano, sendo que 124 municípios estão infestados pelo mosquito. São 5.478 casos confirmados no Estado, sendo 4.156 autóctones, 60 importados, 1.202 estão em investigação do local de infecção e 60 indeterminados.

16 municípios de SC atingiram o nível de epidemia: Maravilha, Seara, Iporã do Oeste, Belmonte, Concórdia, Romelândia, Abelardo Luz, Itá, Xanxerê, Guaraciaba, São José do Cedro, Coronel Freitas, Mondaí, Caibi, Flor do Sertão e Santa Helena.  Todos no Oeste do Estado.

Sintomas

A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com vírus. Após a picada, os sintomas podem surgir entre quatro e 10 dias.

“Dessa forma, agora, é fundamental que a população reforce as medidas de prevenção contra a dengue. Mais do que nunca, é necessário verificar locais que possam acumular água e eliminá-los. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a doença”, reforça Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, com duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e, no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes. Ao apresentar sinais e sintomas deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro.

“Além disso, os serviços e os profissionais de saúde do estado precisam estar atentos e sensibilizados sobre o cenário de SC. É necessário realizar o manejo clínico conforme o Fluxograma de Classificação de risco e manejo do paciente. A dengue é uma doença única, pode evoluir para a remissão dos sintomas ou pode se agravar, por isso, exige constante reavaliação e observação, para que as intervenções sejam oportunas”, diz João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.


Fonte: ND+
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