AVENTURA - 06/04/2022 08:36

Catarinense quer escalar as 7 maiores montanhas do mundo: 'Não pode errar, custa a vida'

Aconcágua, a segunda mais alta do grupo, que fica na Argentina, foi riscada da lista em janeiro de 2022
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Edgar com a bandeira da cidade de Joinville no Aconcágua — Foto: Edgar Nascimento/Arquivo pessoal
O diretor comercial Edgar Nascimento, natural de Joinville, no Norte catarinense, está se preparando para um desafio. O catarinense pretende escalar as montanhas mais altas de cada continente em um período de cinco anos.
Na lista, estão Everest (Ásia, 8.850m), Denali (América do Norte, 6194m), Kilimanjaro (África, 5.895m), Elbrus (Europa, 5.642m), Vinson (Antártida, 4.897m) e Pirâmide Carstensz (Oceania, 4.884m).
Aconcágua (América do Sul, 6.961 metros), a segunda mais alta do grupo, que fica na Argentina, foi riscada da lista em janeiro de 2022. Lá, em uma travessia repleta de percalços, e junto de mais 10 brasileiros, ele deu largada ao projeto.
“Nessa hora, você não pode errar. Custa a vida”, diz ele sobre o caminho ao cume da montanha do país vizinho.

Desafio argentino
Depois de 12 dias de caminhada intensa, já na metade do percurso, as dificuldades começaram a aparecer. Em uma tempestade, um raio atingiu o guia que estava com eles. Ele ficou ferido e precisou voltar.
A maioria do grupo decidiu retornar à base da montanha também. Menos Edgar e outros dois montanhistas do grupo.
“Fomos surpreendidos por uma tempestade, não dava pra ver mais nada”, comenta o esportista.
Além dos raios, as rajadas de vento passavam dos 100 km/h, segundo o montanhista.

Caminho até o cume
Por cansaço e problemas de visão, causados pelas más condições climáticas, o trio foi se separando ao longo da caminhada. Em meio a uma névoa densa, Edgar foi quem chegou mais longe, faltando 99 metros para o cume da montanha.
Ele sabe disso porque levou consigo um aparelho chamado garmin, que monitora a posição geográfica. Segundo o joinvilense, foram cerca de 18 horas de ataque ao cume.
“Eu conseguia ver o cume. Até que um guarda pediu pra eu descer”, relata. Frustrado, Edgar disse a ele que queria chegar ao topo da montanha, já que estava perto. O homem respondeu que “o cume é sua casa”.

Próximas escaladas
Para 2023, o diretor comercial mira o Denali ou o Kilimanjaro. Para o segundo local, ele não quer apenas escalar, como também fazer um desafio ousado, explorando outros esportes radicais.
“Por ser piloto de parapente, a minha ideia é a seguinte: fazer o cume do Kilimanjaro a partir do próximo ano, e me preparar na parte técnica, para fazer um voo e descer de parapente até onde eu conseguir”, conta.
Ele planeja completar o projeto “7 Cumes” em até cinco anos. Um tempo considerado curto por escaladores. Edgar quer terminar a empreitada no Everest, a montanha mais alta do mundo. Além do tamanho, as condições climáticas do local e estrutura perigosa, com fendas no chão, tornam o caminho desafiador.
Edgar classifica o Everest como “cemitério dos montanhistas”.
“Eu sei que dá um medo quando tu vais para um lugar que sabe que pode não voltar. Mas eu acho que é aquele medo do respeito”, comenta.

Cuidados necessários
O montanhista explica que alguns cuidados precisam ser tomados durante a subida. Um deles é com o uso dos mantimentos. Nas viagens, ele costuma levar enlatados, sopa, pão e gás para esquentar comida. Além disso, tudo é calculado para um tempo limitado de percurso, já que as mochilas não podem pesar mais do que 20 kg.
Durante a passagem da noite, dois objetos são fundamentais: barraca (que segure ventos de 100 a 120 km/h) e saco de dormir (que aguente baixas temperaturas de -30° C, -40° C).
Já na hora da escalada, é necessário usar equipamentos que suportem o longo tempo de caminhada, como bastão de trekking, tênis com garras aderentes, além de roupas que sejam capazes de manter o corpo aquecido.
Fonte: G1
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