expansão acima da média - 06/04/2022 09:10

Cooperativas de SC crescem 37% e faturam R$ 68 bilhões em 2021

O ano de 2022 começou com uma lista de obstáculos ao setor e, mesmo assim, a projeção é de crescimento da receita bruta
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A Coopercentral Aurora é a principal cooperativa de Santa Catarina em faturamento (Foto: Divulgação)
O setor cooperativo de Santa Catarina, integrado por 255 organizações de sete ramos de atividades, encerrou 2021 com receita bruta de vendas (faturamento) de R$ 67,97 bilhões, 37,32% mais do que a do ano anterior que chegou a R$ 49,50 bilhões. O agronegócio seguiu liderando e respondeu por 72% da receita total, R$ 48,7 bilhões. Em segundo lugar ficou o cooperativismo de crédito, com R$ 8,73 bilhões, seguido por saúde, R$ 5,9 bilhões. As sobras (lucros) ficaram estáveis em R$ 4,6 bilhões.
Os dados são da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e foram divulgados nesta terça-feira pelo presidente Luiz Vicente Suzin e pelo superintendente Neivo Luiz Panho.
Com negócios centralizados no Estado, mas com forte atuação também nacional e internacional, o setor teve expansão parecida com as de startups nessa retomada econômica no segundo ano da pandemia. O ano de 2022 começou com uma lista de obstáculos ao setor e, mesmo assim, a projeção da Ocesc é de crescimento da receita bruta em torno de 20%.
O balanço da Ocesc mostra outros dados relevantes. As cooperativas de SC fecharam 2021 com 82.769 empregos diretos, o que significa 8.734 novas vagas. O número de associados cresceu 14,97%, o que significou o ingresso de 454.084 associados no sistema. Com isso, SC somou no final do ano 3,486 milhões de pessoas, 48% da população do Estado, estimada pelo IBGE em 7,3 milhões. Segundo o superintendente Neivo Panho, essa expansão inclui maior participação feminina, que soma 1,2 milhão de associadas.
As 48 cooperativas agropecuárias lideraram as sobras, com 53% do total dos R$ 4,6 bilhões, que tiveram a leve alta de 0,59%. Parte desses recursos é investido nas organizações e outra parte é distribuído aos associados, fortalecendo a economia catarinense. Ainda sobre os setores, as cooperativas de infraestrutura tiveram receita bruta de R$ 1,6 bilhão, as de consumo somaram R$ 1,4 bilhão e as de transportes, R$ 1,3 bilhão. As cooperativas de trabalho fecharam 2021 com receita de R$ 27,6 milhões.
Para este ano, o cenário está difícil principalmente para o ramo de agropecuária em função dos impacto da guerra no Leste europeu, seca, inflação alta, custos dos fertilizantes e outras dificuldades, observou Suzin. Segundo ele, os custos para plantar uma lavoura cresceram cerca de 50% e há muitas incertezas no mercado.
- Foram bem mais difíceis os quarenta e poucos dias de guerra do que os dois anos de pandemia porque na época da pandemia tudo o que se produzia vendia. Hoje não se tem contêineres, não se tem navio para carregar, o dólar caiu, o preço em dólar caiu. Tivemos estiagem em SC, teremos um déficit de milho muito grande. Santa Catarina gasta hoje cerca de 7 milhões de toneladas de milho. Em anos bons produzíamos 3 milhões de toneladas. Este ano, com certeza, talvez não chegue a 3 milhões – destacou Suzin.

Fonte: Estela Benetti/ DC
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