O sócio de uma empresa de outdoors de Itajaí, Litoral Norte catarinense, foi preso na última quarta-feira (4) em cumprimento a um mandado de prisão de 2020. Ele foi condenado a quatro anos e cinco meses de prisão por fraudar notas fiscais, entre elas as emitidas a uma universidade, principal cliente da empresa.
O homem estava foragido e foi encontrado em frente à casa dele, em Itajaí. Ele havia sido condenado por crimes contra a ordem tributária. Com o valor do tributo sonegado, atualizado, acrescido de juros e multa, o valor atual pode chegar a R$ 4,3 milhões.
Segundo o processo, a empresa emitia notas com um valor mais alto aos clientes, e registrava segundas e terceiras vias com valores mais baixos, para driblar o pagamento de ISS (Imposto Sobre Serviços).
Uma das notas havia sido emitida para o cliente no valor de R$ 46.653. Uma segunda via da mesma nota, no entanto, foi declarado ao Fisco no valor de R$ 4.665,30.
Outra nota fiscal foi emitida no valor de R$ 48.387, mas declarada como tendo sido R$ 4.839,70.
Com essa sonegação, o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) acredita que os sócios embolsaram R$ 1.919.749,87 em impostos não pagos ao município.
Todo o esquema foi constatado pelo Fisco Municipal, ao comparar as notas emitidas à universidade e as declaradas pela empresa. Tudo isso teria acontecido entre 2003 e 2008.
Preso, o homem foi encaminhado ao Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí.