De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a prisão do homem foi decretada para melhor apuração dos fatos e garantia da ordem pública. "No entanto, não há indícios de participação dele no homicídio, mas sim de maus-tratos contra os sobrinhos", diz um trecho da nota divulgada pelo TJSC.
Registros de maus-tratos praticados pelo homem contra a criança foram encontrados no Conselho Tutelar. Conforme o TJSC, o menino morava com os tios, que têm dois filhos, a avó e cinco irmãos. A mãe da criança trabalha em Brusque e o pai mora em uma cidade do Paraná.
Menino chegou a ser levado ao hospital
No dia 5 de março, o menino de 2 anos foi levado por uma vizinha a um hospital da cidade após a tia, uma mulher de 32 anos, pedir ajuda. De acordo com o testemunhas aos policiais, a criança estava sem roupas, desacordada, com sangramento nasal e várias lesões pelo corpo. O menino sofreu uma parada cardiorespiratória e a equipe médica tentou reanimá-lo por cerca de 20 minutos.
A polícia foi acionada para atender a ocorrência e recebeu informações sobre os sinais de agressão. Em depoimento, a tia da vítima revelou que era responsável pela criança e que o menino teria caído da cama enquanto dormia.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Marcelo Tescke, as lesões apontavam mais que apenas uma queda e as informações dadas pela tia e o tio da vítima não eram compatíveis com as provas.
A Polícia Civil apurou que a tia estava na residência no momento do óbito com outras quatro crianças. A mulher apresentou versões diferentes sobre o crime.
Quando solicitou ajuda à vizinha, disse que o sobrinho havia caído. No hospital, falou que encontrou a criança na cama. Quando ouvida pelos policiais, disse que a televisão caiu em cima do menino.
A tia foi denunciada por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. As outras quatro crianças foram retiradas da mulher. O processo tramita em segredo de justiça.