em crescimento - 30/06/2022 09:52

Importação de componentes eletrônicos motiva nova frequência para SC, diz diretor da Latam

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Latam usa aviões da Boeing para o transporte aéreo internacional (Foto: Latam, Divulgação)
O crescimento das importações de componentes para indústrias de produtos eletrônicos e elétricos de Santa Catarina e impactos de limitações de oferta das cadeias produtivas globais são as principais razões do  início de uma segunda frequência de carga entre o Aeroporto Internacional de Florianópolis e Miami, nos Estados Unidos. A informação é do diretor da Latam Cargo Brasil, Otávio Meneghette, que estará nesta quinta-feira (30) no terminal de SC, às 14h, para recepcionar convidados e celebrar o primeiro voo da segunda frequência.
- A razão por trás das importações são componentes para produtos acabados ligados à geração elétrica, à telefonia, ou à produtos de inteligência, que são produzidos localmente pelas indústrias – afirma Meneguette.
Esse novo voo semanal, sempre às quintas-feiras, consolida o terminal de Florianópolis como um destino vantajoso de carga aérea, resultado de esforços da Floripa Airport Cargo, empresa da Zurich Airport, concessionária do aeroporto catarinense. Agora, as empresas de SC e de outros estados próximos passam a contar com duas frequências semanais dos EUA, uma sempre nas segundas-feiras e outra nas quintas-feiras.
Segundo Meneguette, a origem das cargas é normalmente a Ásia, mas como a Latam voa dos Estados Unidos e Europa para o Brasil. Ele observa que o transporte aéreo sempre atende urgências, mas a velocidade e intensidade com que vem sendo procurado agora, depois da chegada da pandemia, está maior. Atualmente, reflete impactos da doença na Ásia.
- A gente observa, pela ótica da demanda, que essa urgência (de transporte aéreo) está muito conectada pelas faltas de componentes – diz o executivo, fazendo referência à irregularidade de fornecimento por parte das cadeias produtivas globais.
Desde o início da primeira frequência da rota Florianópolis-Miami o volume de cargas é crescente. No primeiro ano de operação da rota, foram movimentadas 650 toneladas de itens eletrônicos e fármacos, que correspondeu a R$ 750 milhões em valores de produtos. No período de janeiro a maio deste ano houve um crescimento de 19% em volume frente ao mesmo período de 2021.
Segundo Meneghette, as mudanças de custos de fretes marítimos também influenciam a ocupação de cargas aéreas. Na comparação de custo do transporte aéreo para marítimo, o primeiro era 14 vezes maior anos atrás. Recentemente, esse número caiu para oito a nove vezes.
Para indústrias, importar por via área facilita muito pela agilidade e para não parar linhas de produção que usam componentes caros. A implantação de duas frequências facilita a vida das empresas em Santa Catarina porque, matematicamente, são três dias e meio que elas ficam entre receber uma carga e outra. Se recebem produtos de outro destino, como São Paulo, é preciso cumprir um trecho terrestre, que vai ter uma complexidade operacional que é o desembaraço aduaneiro e o transporte terrestre até a empresa.
Por enquanto, o forte das duas frequências da Latam para SC via Florianópolis é a importação. Questionado sobre o tipo de carga que poderia ser viável para exportação, o executivo afirmou que poderia ser algo na mesma linha, mas de produtos acabados com alto valor agregado, como eletrônicos, talvez os feitos com os componentes importados. Produtos da área médica também têm potencial para esse segmento de logística.
Sobre o cenário futuro do transporte aéreo a partir de Florianópolis, o diretor da Latam Cargo disse que é positivo. Observou que a decisão de uma frequência leva em consideração uma série de informações além dos valores econômicos. São observadas também as opções da região, como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.
- Quando você fala de ter um destino direto, uma operação direta, e agora agregar uma segunda, demonstra muito potencial de crescimento. Vale  destacar que hoje o que se percebe de dinâmica nacional nesse fluxo, seja como importação ou exportação, supera os níveis 2019. Segundo a Anac, até maio de 2022, se não me engano, o movimento de cargas cresce até 30%. Eu acho que Santa Catarina é o resultado dessa maior dinâmica do transporte aéreo – destaca Meneghette.
Otávio Meneguette, diretor da Latam Cargo, diz que transporte aéreo é crescente(Foto: Latam, Divulgação)

Fonte: Estela Benetti/ DC
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