Os pesquisadores também descobriram que não houveram diferenças significativas nas sequelas entre jovens e idosos. “O jovem não ficou nem melhor, nem pior do que o idoso. Às vezes o jovem estava pior do que o idoso. E as pessoas com o idoso já acham que ele está com Alzheimer e no jovem acham que está com Covid longa”, relata Lúcia. A médica explica que a gravidade dos sintomas não influencia nas sequelas: “Desta amostra de 614 pacientes, só um terço foi internado e só 10% foram entubados, foram casos mais graves. Dos que vieram nos procurar, muitos tiveram uma Covid muito leve, mas com sequelas mais importantes. A pessoa tem só uma ‘gripezinha’ e de repente se depara com muitos problemas de memória”.
O paciente que teve a Covid-19 e está com problemas de memória, dificuldades de manter a rotina organizada ou fluência verbal comprometida deve procurar um médico. O trabalho do Hospital Sarah por novas respostas às sequelas do coronavírus não acabou, a pesquisa passa agora por uma segunda fase e já despertou até o interesse de outros países. A presidente da unidade de saúde vai apresentar os dados em Paris e Nova Iorque em outubro e novembro, respectivamente.