Iate Azimut Grande 27 Metri, fabricado em SC (Foto: Divulgação)
A indústria náutica de lazer em Santa Catarina alcançou um patamar inédito. No ano passado, nove em cada dez barcos brasileiros exportados para clientes no exterior saíram de fabricadas instaladas no Estado.
Incentivos fiscais e especialização da mão-de-obra estão entre os fatores que atraíram a indústria para Santa Catarina. Itajaí, que concentra a maior parte dos estaleiros no Estado, também conta com vantagem logística para exportação. Da fábrica, os iates seguem diretamente para o porto, onde são embarcados para qualquer lugar no mundo.
- No caso dos estaleiros itajaienses, eles têm fácil acesso aos portos de Itajaí, Navegantes e Itapoá”, comenta Jonas Pelegrini, CEO da BR Partners, empresa especializada em exportações de barcos.
O país que mais importa barcos catarinenses são os Estados Unidos, que receberam 60% das exportações feitas em 2021 – o equivalente a US$ 9,8 milhões. Em seguida vêm Paraguai, Austrália e França.
Entre os barcos exportados pelos estaleiros locais há desde lanchas de menor porte até superiates como o Azimut Grande 27Metri, modelo comprado por Cristiano Ronaldo que custa nada menos que US$ 10 milhões – mais de R$ 50 milhões na cotação atual.
De acordo com dados do Ministério da Economia, de janeiro a dezembro de 2021 as exportações de embarcações no país somaram R$ 16,6 milhões. Neste ano, de janeiro a maio foram exportados o equivalente a R$ 7,8 milhões, o que representa um crescimento de 50% no período.
Nesta quinta-feira, parte das embarcações construídas em Santa Catarina estarão expostas no Salão Náutico Marina Itajaí, considerado o maior do Sul do país. O evento, que segue até domingo (10), contará com a presença de estaleiros nacionais e internacionais, entre eles, os maiores fabricantes de iates de luxo do mundo, como as italianas Azimut Yachts e Ferretti Yachts e as nacionais Intermarine e Fibrafort.
