NÚMEROS POSITIVOS - 10/07/2024 10:51 (atualizado em 10/07/2024 11:15)

Nível de satisfação de catarinenses com emprego atual é o maior em dez anos, diz Fecomércio

O nível de ocupação em Santa Catarina alcançou 65,5%, o segundo maior do Brasil
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A pesquisa da Fecomércio de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do mês de junho mostrou que o nível de satisfação dos catarinenses com o emprego atual é o maior em dez anos. De maio para junho, a satisfação das famílias em relação ao emprego cresceu 3,2%, chegando a 137,1 pontos, o maior nível em 10 anos. Em comparação ao mês de junho do ano passado, a satisfação aumentou 25,5%.

Segundo a economista da Fecomércio, Edilene Cavalcanti Anjos, essa pesquisa mostrou um dado positivo para o mercado de trabalho catarinense, em que 4 milhões de pessoas estão empregadas. O nível de ocupação alcançou 65,5% no Estado, o segundo maior do Brasil. Ou seja, do total de pessoas em idade produtiva em Santa Catarina, 65,5% estão trabalhando de fato.

Satisfação com o emprego atual (Foto: Divulgação, Fecomércio)

Para a economista, a satisfação crescente dos catarinenses com o emprego pode ser atribuída a diversos fatores e tendências observadas no mercado de trabalho. Veja alguns dos possíveis motivos:

Remuneração competitiva

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Trimestral para Santa Catarina mostraram que, no primeiro trimestre de 2024, as pessoas recebiam em média um salário de R$ 3.421. Isso significa um aumento de 2,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando a remuneração era, em média de R$ 3.326.

Em comparação com outros estados do Brasil, o rendimento dos trabalhadores catarinenses é o quinto maior do país, ficando atrás do Distrito Federal (R$ 5.067), Rio de Janeiro (R$ 3.694), Mato Grosso (R$ 3.452) e São Paulo (R$ 3.281). Esse valor também está acima da média nacional, que é de R$ 3.123.

Estabilidade no emprego

A pesquisa ICF de junho de 2024 também mostrou que 42,3% das famílias estão se sentindo mais seguras em seus empregos, com um aumento de 3,7 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

]— A maior segurança no emprego pode reduzir a ansiedade e o estresse relacionados ao trabalho, aumentando a satisfação — diz Edilene.

Trabalho remoto e/ou híbrido

A economista também cita que muitas empresas catarinenses têm fornecido a possibilidade de trabalhar remotamente ou adotaram o formato híbrido, que combina trabalho remoto e presencial, um fator que tem se mostrado importante para a satisfação dos trabalhadores.

— Esse modelo oferece maior flexibilidade, permitindo que os trabalhadores equilibrem suas responsabilidades profissionais e pessoais de maneira mais eficaz. Além disso, a redução do tempo de deslocamento e a possibilidade de trabalhar em um ambiente mais confortável podem melhorar o bem-estar geral dos funcionários — aponta.

Empresas que implementam políticas de trabalho híbrido tendem a ver uma melhoria na produtividade e no engajamento dos seus empregados, contribuindo para um aumento na satisfação no emprego.

Treinamento e capacitação

O mercado de trabalho atual tem demandado diversas competências, especialmente na área de tecnologia. Muitas vagas requerem conhecimento em linguagens de programação como Python. Diante dessa necessidade, várias empresas têm investido significativamente em cursos e treinamentos para aprimorar as habilidades dos trabalhadores em Santa Catarina.

— Esses programas de educação profissional não só aumentam a empregabilidade, mas também proporcionam aos trabalhadores maior confiança e satisfação em suas funções, o que contribui diretamente para um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo — finaliza a economista.

Intenção de Consumo das Famílias (ICF)

Além dos níveis de satisfação com o emprego, a pesquisa demonstrou também que a intenção de consumo das famílias catarinenses atingiu 113,7 pontos em junho, permanecendo estável, e com valor acima do período pré-pandemia, em que o índice foi de 112,1 pontos em fevereiro de 2020.

Entre os estados brasileiros, somente Santa Catarina e o Amapá registraram estabilidade na intenção de consumo. O maior crescimento foi registrado pelo Amazonas (4,4%). No Brasil, o índice foi de 102,2 pontos. Das 27 unidades federativas, dez registraram aumento na intenção de consumo, enquanto 15 registraram queda.

Fonte: NSC
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