O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrenta uma
grave crise estrutural, com quase 1,8 milhão de requerimentos acumulados,
fechamento de agências e equipamentos sucateados. Camila Pereira, Técnica do
Seguro Social da agência de São Miguel do Oeste, falou no Atualidades desta
sexta-feira (02) sobre os motivos da greve nacional e a adesão dos servidores
locais.
Segundo Camila, o sucateamento do INSS é contínuo, com
estruturas inadequadas e falta de equipamentos. Problemas nos sistemas
eletrônicos corporativos, que frequentemente não funcionam ou operam de forma
precária, dificultam o trabalho dos servidores. Além disso, o INSS perdeu cerca
de 50% de seu quadro funcional e não realiza concursos há anos, contando
atualmente com apenas 17 mil funcionários.
Camila destaca que muitos servidores em trabalho remoto não
recebem ajuda de custo, tendo que arcar com despesas de equipamentos, internet
e energia, enquanto ainda precisam cumprir metas diárias e mensais, mesmo com a
instabilidade dos sistemas.
Ela enfatiza que a população está sendo prejudicada e
aconselha a não procurarem a agência de São Miguel do Oeste, que está em greve
por tempo indeterminado. Em caso de necessidade, os segurados devem buscar
atendimento e agendamentos pelo telefone 135 ou pela plataforma Meu INSS.