SÃO MIGUEL DO OESTE - 20/02/2025 13:59 (atualizado em 20/02/2025 17:07)

Vice-presidente da ONG Amigo Bicho destaca motivos que levaram a entidade suspender resgates em SMOeste

Organização enfrenta crise financeira com débitos acima de R$ 80 mil e falta de espaço para novos resgates
Comente agora!
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!

A ONG Amigo Bicho, de São Miguel do Oeste, anunciou a suspensão temporária de suas atividades devido a dificuldades financeiras e superlotação. A decisão foi tomada após a entidade acumular mais de R$ 80 mil em dívidas com clínicas veterinárias e não ter mais espaço para abrigar novos animais.

Foto: Jornalismo / WH Comunicações

A vice-presidente da ONG, Maluane Althaus, participou do Atualidades nesta quinta-feira (20) e detalhou a crise enfrentada pela organização. Segundo ela, o número de animais resgatados tem crescido constantemente, chegando a mais de 100 atualmente – sendo 70 cães e mais de 50 gatos. Muitos desses animais estão há anos sob os cuidados da entidade, enquanto outros foram vítimas de maus-tratos, abandono e negligência.

Além da superlotação, a falta de recursos foi um fator determinante para a decisão. Os custos mensais com atendimentos veterinários e medicamentos variam entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, sem contar a alimentação, que é adquirida uma vez ao ano com cerca de R$ 20 mil arrecadados por meio de doações. Para os gatos, as rações são compradas com apoio de voluntários e campanhas promovidas pela ONG.

Falta de recursos e apoio público

Maluane explicou que a ONG não recebe repasses diretos do poder público. O atendimento veterinário ocorre por meio do Programa Melhor Amigo, que também atende a população em geral e libera recursos para as clínicas a cada três meses. No entanto, os valores não são fixos, tornando difícil qualquer planejamento financeiro. "Tem meses que recebemos R$ 3 mil, em outros R$ 6 mil. Não há uma constância", afirmou.

Segundo ela, a última liberação de recursos aconteceu em setembro de 2023, e o valor recebido não cobre todas as despesas. Para casos emergenciais, como atropelamentos, os custos podem ultrapassar R$ 2 mil por animal. "Sempre nos preparamos para pagar além do que o programa oferece, mas sem um valor fixo, fica inviável continuar com os resgates", lamentou.

Como ajudar

Mesmo com a suspensão dos resgates, a ONG segue cuidando dos animais que já abriga e pede apoio da população. Interessados podem ajudar de várias formas:

  • Adotando um animal

  • Comprando no brechó solidário (@amigobichobrecho)

  • Fazendo doações via Pix (CNPJ: 11.442.474.0001/00)

A ONG também informou que a Prefeitura de São Miguel do Oeste já foi notificada sobre a paralisação. Para casos de resgates, a orientação é que a população entre em contato diretamente com o município pelo telefone (49) 3631-2000.

Fonte: Marcos de Lima / FM 103
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Carregando...