BRAÇO FORTE MÃO AMIGA - 03/06/2025 14:05 (atualizado em 03/06/2025 16:16)

OPERAÇÃO ÁGATA 2025: 14º RCMec reforça fiscalização na fronteira para combater crimes

O Coronel Luiz Fernando Coradini, Comandante do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado, detalhou as ações que empregam militares e equipamentos na região que vai de Dionísio Cerqueira a Itapiranga.
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A Operação Ágata, uma iniciativa permanente do Ministério da Defesa desde 2017, está em andamento na região de fronteira, com o objetivo de intensificar a presença do Estado e combater crimes transfronteiriços e ambientais. O 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado (RCMec) está à frente das ações na faixa que compreende os municípios de Dionísio Cerqueira a Itapiranga, em Santa Catarina.

Foto: Marcos de Lima / WH Comunicações

Em entrevista ao Atualidades desta terça-feira (03), o Coronel Luiz Fernando Coradini, Comandante do 14º RCMec, explicou que a Operação Ágata é uma resposta à necessidade de fiscalização em 16 mil quilômetros de fronteira com dez países da América do Sul. "Nossa tropa aqui do 14º RCMec foi acionada para realizar ações dentro da nossa área de responsabilidade, que é justamente essa fronteira com a Argentina dentro do estado de Santa Catarina", afirmou.

Abrangência e Desafios da Fronteira

A área de atuação preferencial do 14º RCMec abrange o trecho entre Itapiranga e Dionísio Cerqueira. No entanto, o Coronel Coradini ressaltou que a tropa pode ser deslocada para outras regiões, como Guaíra e Foz do Iguaçu, onde a complexidade das zonas fronteiriças é maior.

A principal dificuldade, segundo o comandante, é a vasta extensão da fronteira brasileira, que possui muitos pontos permeáveis. Na área de responsabilidade do 14º RCMec, o Rio Peperiguaçu demarca grande parte da divisa, mas há também trechos de fronteira seca, especialmente próximo a Dionísio Cerqueira e Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná. "Fazer a ação do Estado numa fronteira de 16.800 km é um desafio para qualquer país, para qualquer Estado, quanto mais para o nosso, porque nunca os meios vão ser suficientes para fazer um controle massivo dessa faixa fronteira", ponderou.

Resultados e Formas de Atuação

Embora a fase atual da operação esteja em seu início, sem dados consolidados de apreensões, o Coronel Coradini destacou os resultados positivos das ações de 2024. Ele revelou que o saldo entre o dinheiro aplicado na operação (gastos com pessoal, suprimentos, combustível, alimentação) e o valor de bens apreendidos de grupos criminosos (contrabando, tráfico e descaminho) foi 46 vezes superior ao investimento.

Questionado sobre o efetivo e viaturas empregadas, o comandante informou que esses dados são restritos para garantir a eficácia das operações. Ele enfatizou que, nesse tipo de missão, apenas o efetivo profissional do 14º RCMec é empregado, ou seja, os soldados recém-incorporados não participam das ações.

A Operação Ágata realiza diversos tipos de controle, incluindo:

Patrulhamento da linha de fronteira: para monitorar passagens ilegais.

Controle em estações rodoviárias: para verificar mercadorias transportadas.

Postos de bloqueio: em áreas urbanas e rurais.

Colaboração da População e Integração com Outros Órgãos

O Coronel Coradini elogiou a receptividade da população local em relação à Operação Ágata. "Temos aqui na nossa região um ambiente muito bom em relação à aceitação da população desse tipo de operação, as pessoas veem muito de uma forma positiva", disse. Ele reconheceu que, por vezes, as ações podem gerar algum inconveniente, como filas em aduanas ou abordagens em estradas, mas a população, em geral, compreende a necessidade e colabora.

Um dos pilares da Operação Ágata é a operação coordenada com órgãos de segurança pública e de fiscalização estaduais e federais. O comandante destacou a facilidade de cooperação na região, o que contribui para os bons resultados.

A Operação Ágata foi iniciada nesta segunda-feira (02) e as datas de início e fim da operação são determinadas pelo Ministério da Defesa.

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Fonte: Marcos de Lima / FM 103
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