ATUALIDADES - 16/06/2025 13:56

APAS de São Miguel do Oeste agora é Centro de Atendimento Especializado na área da surdez

Instituição amplia atuação com apoio do Estado e passa a atender como CAESP, oferecendo ensino bilíngue e suporte psicossocial para pessoas com deficiência auditiva
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A Associação de Pais e Amigos dos Surdos (APAS), de São Miguel do Oeste, conquistou um avanço importante: passou a funcionar oficialmente como Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAESP) voltado à surdez, deficiência auditiva e ao público com implante coclear. A mudança marca um novo momento para a instituição, que agora está vinculada à Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e tem reconhecimento como unidade de ensino.

Apesar de manter sua estrutura de associação, a APAS passa a atuar com diretrizes pedagógicas próprias, ampliando sua capacidade de atendimento, acesso a convênios e contratação de profissionais. Com isso, o centro reforça seu compromisso com a educação bilíngue (Libras como língua materna e o português como segunda língua), além de oferecer suporte completo aos alunos e às famílias.

Foto: Eduardo Oliveira / WH Comunicações 

"Antes, não éramos considerados educação nem saúde. Agora temos reconhecimento pedagógico e apoio do Estado, o que amplia o alcance do nosso trabalho", explicou a diretora da APAS, Cláudia Mara Vizentin, durante entrevista ao programa Atualidades.

Atualmente, a instituição atende alunos de 11 municípios da região, com idades entre 5 e 76 anos. Para ser atendido, é necessário apresentar laudo com diagnóstico auditivo. O centro oferece jornada integral com três refeições diárias, além de um ambiente com professores surdos e ouvintes, preparados para lidar com os diferentes perfis de aprendizagem.

A assistente social Irma Lutz Wagner destacou que a inclusão é um desafio diário, já que o processo de aprendizagem exige métodos visuais e trilinguismo (imagem, Libras e português). “Cada aluno tem um jeito único de aprender. Por isso, nossas estratégias precisam ser adaptadas a cada realidade”, explicou.

Além da educação formal, a APAS desenvolve ações de inserção no mercado de trabalho, acompanhando os alunos também fora da sala de aula. “Hoje, todos os nossos alunos em idade ativa estão inseridos no mercado de trabalho com acompanhamento da instituição”, afirmou Irma. O centro também promove cursos gratuitos de Libras para empresas e profissionais da saúde, visando ampliar a comunicação acessível na sociedade.

Outro diferencial destacado foi o atendimento psicossocial oferecido às famílias, com visitas domiciliares anuais e apoio constante. A equipe também realiza intermediação da comunicação em empresas e atendimentos médicos, reforçando o papel da instituição na inclusão efetiva das pessoas com deficiência auditiva.

A APAS mantém ainda um portal da transparência, onde é possível acompanhar os convênios firmados, as atividades desenvolvidas e os currículos dos profissionais. “Falamos tanto de acessibilidade, mas muitas vezes esquecemos da acessibilidade comunicacional. Libras também é inclusão”, reforçou Cláudia.

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Fonte: Eduardo Oliveira / WH Comunicações
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