
O médico ressaltou que, apesar de algumas discussões na mídia, a Sociedade Brasileira de Urologia ainda mantém as diretrizes sobre a prevenção:
A partir dos 50 anos: Para homens sem fatores de risco.
Dr. Delevati destacou que a frequência dos exames não é mais uma regra rígida de "todo ano". O acompanhamento deve ser individualizado:
O médico reforçou que, estatisticamente, o risco de ter câncer é baixo em alguns pacientes, mas o exame de toque continua sendo um exame rápido e eficaz para detecção de lesões que o PSA pode não captar.
O urologista, que participou do terceiro maior congresso de Urologia do mundo, realizado recentemente em Florianópolis, citou avanços significativos:
Hiperplasia de Próstata (Crescimento):
Cirurgia de Inucleação: A inucleação da próstata (HoLEP/ThuLEP), feita pelo canal em próstatas volumosas, está ganhando muita força no Brasil. O Brasil tem se tornado referência nessa técnica, que transforma uma cirurgia de corte em um procedimento endoscópico, com alta precoce e menos sangramento.
O Dr. Delevati reconheceu que o alto custo das tecnologias avançadas, como a cirurgia robótica, limita o acesso da população de baixa renda. Contudo, ele pondera que, embora a recuperação seja mais rápida com a tecnologia, as técnicas cirúrgicas tradicionais (via corte) ainda curam o paciente.
"Eu acho que o principal é a gente manter a nossa ideia de fazer a prevenção. O homem está mais consciente disso. Não deixe passar em branco. Se você tem 50 anos, faça a sua avaliação. Se você tem 45 anos e é obeso, da raça negra ou tem histórico familiar, procure o urologista para um aconselhamento, para que o diagnóstico, se houver, seja precoce e curável."

