O Hospital Regional Terezinha Gaio Basso (HRTGB), de São Miguel do Oeste, vive um momento marcante em sua história. Em entrevista concedida nesta segunda-feira (15) ao programa Atualidades, da Rádio 103 FM, o diretor-geral da instituição, Rodrigo Lopes, destacou a celebração dos 15 anos do hospital, os 10 anos de gestão do Instituto Santê e, principalmente, a assinatura da primeira etapa do projeto de ampliação da unidade — uma das obras mais aguardadas pela comunidade regional.
O evento comemorativo ocorre nesta terça-feira, na Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste, reunindo colaboradores, autoridades e representantes da comunidade. A data marca não apenas a trajetória do hospital, mas também o reconhecimento aos profissionais que ajudaram a construir a história da instituição, muitos deles com 10 e até 15 anos de atuação no HRTGB.
Durante a entrevista, Rodrigo Lopes detalhou os investimentos já anunciados pelo Governo do Estado. A curto prazo, o hospital receberá R$ 1 milhão para a instalação de cinco novos leitos de UTI adulto, além da reforma de áreas de apoio. O recurso, proveniente de emenda de bancada da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), permitirá ampliar a capacidade de atendimento a pacientes graves — uma demanda constante, especialmente em função dos frequentes acidentes registrados nas rodovias da região.
Além disso, foi confirmado um investimento estadual de R$ 23 milhões como parte de uma obra maior, estimada em cerca de R$ 60 a R$ 68 milhões. O projeto prevê a construção de uma nova UTI adulto com 20 leitos e a implantação de mais 25 leitos de internação, além de ampliações futuras em setores como o centro cirúrgico. Com a conclusão total da obra, a capacidade do hospital poderá praticamente dobrar, passando de cerca de 98 para aproximadamente 158 leitos.
Segundo o diretor, os próximos passos envolvem trâmites burocráticos, como a assinatura de convênios, liberação dos recursos e processo licitatório. A previsão é de que, após o início das obras, o cronograma de execução seja de aproximadamente dois anos.
Rodrigo Lopes também avaliou o ano de 2025, destacando os desafios enfrentados pela gestão hospitalar, como a dificuldade na contratação e retenção de profissionais de saúde e a complexidade de manter um hospital em funcionamento ininterrupto. Ele ressaltou ainda o impacto positivo que a ampliação terá nos atendimentos, especialmente na realização de cirurgias eletivas e no fluxo de pacientes da oncologia, que hoje disputam espaço com atendimentos de urgência e trauma.
Ao final da entrevista, o diretor fez um agradecimento especial aos colaboradores, à comunidade e aos parceiros institucionais, reforçando que o hospital vai além de sua estrutura física. “O hospital só funciona porque as pessoas estão lá. Elas são o nosso patrimônio mais importante”, afirmou.
Com 15 anos de atuação, o Hospital Regional Terezinha Gaio Basso reafirma seu papel fundamental na saúde pública do Extremo-Oeste catarinense, olhando para o futuro com investimentos que prometem mais qualidade, eficiência e humanização no atendimento à população.