A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da 13ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de São Miguel do Oeste, encerra o ano de 2025 com avanços significativos na estrutura e resultados positivos no combate à criminalidade. O balanço foi apresentado pelo delegado regional, doutor Wesley de Almeida Andrade, em entrevista ao programa Atualidades, da Rádio 103FM.
Entre os principais avanços destacados está a chegada de dois novos delegados para a região, solucionando uma demanda histórica. Até então, comarcas como Mondaí, Itapiranga, Anchieta e São José do Cedro chegaram a ficar anos sem delegado titular, o que sobrecarregava os profissionais que precisavam atender até três delegacias simultaneamente.
Outro reforço importante foi a designação de uma psicóloga policial para atuar junto à Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), em São Miguel do Oeste. A profissional desempenha papel fundamental nas investigações de crimes sexuais e de violência doméstica, contribuindo para a qualidade dos inquéritos e auxiliando o Poder Judiciário na tomada de decisões.
No campo da segurança pública, os números também são considerados altamente positivos. A região registrou uma queda expressiva no número de mortes violentas. Enquanto em 2024 foram contabilizados 12 casos, em 2025 o número caiu para apenas dois. O delegado ressaltou que, embora toda vida perdida seja lamentável, a redução representa um avanço relevante na proteção da população.
Apesar dos bons resultados, um dos maiores desafios enfrentados atualmente pela Polícia Civil é o aumento dos crimes de estelionato, especialmente os golpes virtuais. Segundo o delegado regional, este tipo de crime é hoje o que mais demanda tempo e esforço das equipes de investigação. Casos como o golpe do “bilhete premiado” continuam fazendo vítimas, principalmente entre idosos.
Diante desse cenário, Wesley de Almeida Andrade reforçou a importância da prevenção e do papel da imprensa na conscientização da população. Ele alertou que, após a transferência de valores, as chances de recuperação do dinheiro são reduzidas, embora não impossíveis, dependendo do avanço das investigações e do apoio do Judiciário, como a quebra de sigilos bancários.
Para 2026, as perspectivas são consideradas positivas. Um concurso público para a Polícia Civil já foi oficializado, o que deve resultar na chegada de novos agentes e escrivães. A estimativa mínima, segundo o delegado, é de pelo menos quatro escrivães e dez agentes para suprir as necessidades da região, onde algumas comarcas ainda contam com apenas um agente de polícia, o que compromete o andamento das investigações.
Mesmo durante o período de recesso administrativo, a Polícia Civil segue em regime de plantão, garantindo atendimento às ocorrências mais urgentes até o fim do ano e início de 2026. O delegado finalizou desejando um próximo ano de ainda mais avanços na segurança pública regional.