Após a determinação da Justiça de São Paulo sobre a penhora da Arena, referente à dívida de construção do estádio, o Grêmio emitiu uma nota na manhã desta quarta-feira explicando que o clube seguirá como mandante dos seus jogos na temporada, tanto na Copa do Brasil quanto no Campeonato Brasileiro. "O clube, por meio da presente nota, visa tranquilizar a sua torcida que continuará como mandante de seus jogos no estádio", relata a manifestação.
De acordo com o Tricolor, o tema é acompanhado de perto por advogados designados pela diretoria. "O Clube informa que este é um assunto que vem sendo acompanhado de perto pela atual gestão, por advogados internos e externos designados para tratarem especificamente sobre o assunto. É importante frisar que o Grêmio não é parte neste processo e que tem direito de receber a Arena livre e desembaraçada de quaisquer ônus", diz a nota.
A penhora foi determinada a partir do pedido de três instituições bancárias - Banrisul, Banco do Brasil e Santander - que cobram dívida de R$ 266 milhões pela construção do estádio gremista.
O valor se refere ao financiado pela construção de parte do estádio, em acordo que havia sido realizado na época. Não existe data para o estádio ir a leilão. Cabe recurso da decisão, o que deverá ser feito pelos responsáveis pela gestão da Arena Porto-Alegrense.
O que diz a Arena
Após a penhora, a Arena divulgou uma nota oficial. "Sobre as notícias veiculadas recentemente tratando da penhora da Arena do Grêmio, a Arena Porto-Alegrense, gestora do estádio, esclarece que a penhora efetivada sobre o imóvel tem como objetivo garantir a execução da dívida movida pelos credores e assim permitir que as defesas apresentadas pelos devedores sejam apreciadas.
Portanto, trata-se de um procedimento técnico inerente ao processo. As referidas defesas têm questões substanciais, inclusive de excesso de valor em execução, que ainda receberão resposta pelo Judiciário. Vale destacar, ainda, que o imóvel Arena só pode responder por 8% da dívida, conforme estipulação contratual e que todos estes assuntos permanecem sendo discutidos judicialmente. De qualquer modo, a decisão será questionada via recurso, em razão de possíveis nulidades."