O tempo de planejar, treinar, projetar e sonhar acabou. Agora, Eduardo Coudet e seus comandados terão que colocar em prática tudo o que fizeram nas duas últimas semanas, quando até teve outros compromissos, mas o foco de todos os colorados não se afastou nem por um segundo dos dois jogos do Inter contra o Fluminense pela semifinal da Libertadores da América. O primeiro duelo ocorre nesta terça-feira, a partir das 21h30min, no Maracanã. O próximo e, este sim, decisivo, na próxima quarta-feira, no Beira-Rio.
A conta é simples. Aquele que passar entre Inter e Fluminense ganha uma vaga na grande final da Libertadores e mantém vivo o sonho do título. No caso dos colorados, do tri. O Fluminense nunca conquistou uma taça do maior título das Américas e chega à semifinal somente pela segunda vez. A anterior foi em 2008, quando uma equipe comandada por Renato Portaluppi, depois de passar pelo São Paulo, ganhou do Boca Juniors na semifinal e alcançou a decisão, mas acabou sendo derrotado pela LDU, de Quito, na cobrança de pênaltis diante de um Maracanã totalmente lotado.
“Todo mundo está concentrado neste jogo. Nos preparamos bem, encarando como uma verdadeira decisão”, resumiu Johnny, em entrevista nesta semana. O volante e o restante do grupo treinam pensando na primeira partida contra o Fluminense desde que passou pelo Bolívar, ainda no final de agosto com duas vitórias (uma em La Paz, outra no Beira-Rio). Neste meio tempo, o Inter entrou em campo outras três vezes pelo Campeonato Brasileiro. E destas, em apenas uma, no empate sem gols com o Goiás, em Goiânia, jogou com um time inteiramente titular. Depois, repleto de desfalques, venceu o São Paulo e perdeu para o Athletico Paranaense com uma formação praticamente toda reserva.
Ou seja, Coudet evidentemente priorizou a Libertadores. Além de preservar os jogadores, o técnico estudou o Fluminense assistindo a praticamente todas as partidas da equipe de Fernando Diniz na temporada. A partir disso, chegou à conclusão que deveria reforçar o setor de marcação no lado direito da defesa. Por isso, deve trocar o ofensivo Fabricio Bustos pelo bem mais comedido Hugo Mallo, adaptando o time colorado às necessidades que a partida no Maracanã deve impor.