A julgar o envolvimento desde antes mesmo do início do campeonato, o Inter não quer correr o risco de atingir sua pior seca sem a conquista do Gauchão, entre 1962 e 1968. Não à toa, o termo obsessão foi levado a público para que todos tenham a dimensão do elã colorado pela retomada da hegemonia regional após sete anos. Por isso, hoje em Bagé, Eduardo Coudet deve escalar um time reforçado, talvez apenas preservando jogadores de adversidades como o técnico observou em Ijuí na semana passada, quando lançou mão de alguns titulares com o jogo em andamento. Dos principais jogadores, apenas o volante Bruno Henrique não viajou.
O entusiasmo do treinador argentino com a última atuação do time, de certa maneira, reverbera o discurso de como o clube trata a competição. Está incutida no vestiário colorado a convergência de esforços para que estes seja recompensados. Na primeira viagem ao Interior na semana passada foi nítida a aproximação dos jogadores com o torcedor, principalmente na concentração. "Essa conexão entre clube e torcida é o diferencial", foram as palavras do presidente Alessandro Barcellos na abertura da temporada. Para o Inter, 2024 começou ainda em 2023 quando da reeleição da atual diretoria. E esta nunca escondeu o primeiro alvo: "Ganhar o Gauchão é uma verdadeira obsessão nossa. Temos que conquistar esse título", afirmava o vice de futebol Felipe Becker, dias após o pleito.