Colorado - 14/07/2024 18:49

Eliminação na Copa do Brasil aumenta a crise no Inter

Ainda sem o substituto de Coudet, time terá pouco tempo para se recupera para a Sul-Americana
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Foto: Ricardo Duarte / Inter

Não será fácil no futuro explicar o que aconteceu com o lado vermelho do Rio Grande do Sul nos últimos dias. Se o recorte for somente o da eliminação na Copa do Brasil, talvez fique menos difícil. Afinal de contas, em 30 participações do Colorado no torneio, pela segunda vez o Juventude é o algoz. que se soma agora a um grupo onde América-MG, Ceará e Vitória também têm dois carimbos. No leque dos constrangimentos há ainda oito clubes hoje fora da Série A que também deixaram o Inter pelo caminho. Ou seja, explica bem o caráter traiçoeiro do torneio.

No entanto, antes de mais um adeus precoce na competição, o segundo diante do mesmo adversário na temporada, outras pistas apontam para algo estranho. E estas estão no pós-enchente quando a busca por um novo treinador saiu dos pensamentos do presidente Alessandro Barcellos para a discussão com seus pares.

Exatos 70 dias depois da invasão das águas e de muita comoção no RS, a casa colorada recebeu só 33 mil pessoas contra o Vasco. O apoio ao time de Eduardo Coudet foi ainda menor no jogo seguinte, o de sua saída, quando foram 20 mil pessoas contra o Juventude. A soma dos dois públicos dá exatamente a capacidade do Beira-Rio. Por fim, no fim de semana, a desvantagem no confronto, o frio na Serra e a necessidade de reagir à situação resultaram no fato de que somente cerca de 250 torcedores fossem ao Alfredo Jaconi acreditando em uma virada.

Pois foi esse o cenário do sábado. A julgar pela mobilização das arquibancadas no contraste com a das redes sociais, o interesse pelo pós-jogo foi maior do que o próprio duelo a partir da fala do presidente e de Roger Machado, justamente o técnico do time vitorioso.

"Eu não procurei o Roger, nem o Internacional procurou o Roger, por uma única questão ética. Nosso clube tem ética. Nós não o procuramos, o Roger também disse isso, porque é a verdade e ele é um cara ético", explicou Barcellos ciente da fase vivida dentro e fora de campo.

"O torcedor tem toda a razão em estar indignado. Nós não montamos o time que montamos para estar aqui hoje dando essa explicação. Internamente, eu falei para eles (jogadores): ou a gente segura este momento, com todo mundo se comprometendo mais do que já está, ou terão mais cobranças. A culpa não é só do treinador que saiu, é deles também", completou o dirigente.

Pelo menos até amanhã, diante do Rosario Central pela repescagem da Sul-Americana, não haverá tempo para a chegada do novo técnico. Certezas há de que nomes do exterior como Paulo Pezolano, Odair Hellmann e André Jardine não têm chances por fatores alheios às vontades do Inter. A figura de Fernando Diniz goza de prestígio entre jogadores, mas de forte rejeição da torcida.

Pelas falas dos dois vestiários de sábado, crescem as chances de Roger Machado, mas o discurso evasivo de ambos os lados deixou algo no ar à espera de novos desdobramentos. O fato é que se o treinador trocar o verde pelo vermelho nesse momento será apenas mais um ingrediente dos últimos dias complexos na vida do Inter.

Fonte: Gaúcha ZH
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