Na volta de Borré, a volta das vitórias. O colombiano fez um belo gol e garantiu a alegria de mais de 26 mil colorados que encararam a gélida noite de domingo no Beira-Rio. Com o 1 a 0 sobre o Cruzeiro, pela 24ª rodada, a equipe de Roger Machado entra na zona de classificação para a Copa Sul-Americana. E na quarta-feira (28), reencontra os mineiros, em partida atrasada do primeiro turno.

Antes do jogo, com os times perfilados no gramado, a torcida cantou "Dale, D'Alessandro". O agora diretor esportivo acompanhou o aquecimento e já tinha sido aplaudido. Depois, foi novamente saudado.

Roger cumpriu o que havia ensaiado durante a semana. Valencia ficou no banco, e o ataque teve o retorno de Borré. O meio-campo abriu com Thiago Maia e Fernando, mais Bruno Tabata, Gabriel Carvalho e Wesley. Na zaga, Rogel seguiu titular. Na reserva, outra volta: Alan Patrick. No Cruzeiro, Fernando Seabra mandou o máximo de titulares possível após a classificação contra o Boca Juniors pela Copa Sul-Americana, na quinta-feira (22).

O Inter começou o jogo na pressão. Antes do terceiro minuto já tinha dois escanteios. E no rebote de um deles, teve a primeira finalização. Bernabei cruzou da esquerda e Rogel cabeceou. Cássio defendeu.

O Cruzeiro também mostrou que não queria apenas especular. Aos oito, Lautaro foi lançado às costas de Bernabei, entrou na área e chutou. Rochet espalmou.

A partida continuou bastante disputada entre as intermediárias, e só aos 22 o Inter voltou a assustar. Tabata cobrou escanteio para a área, Rogel subiu e cabeceou, mas Cássio estava bem posicionado para segurar sem rebote. Novamente de corner, desta vez aos 28, o Colorado esteve próximo. Tabata cruzou e Borré saltou, mas a conclusão foi por cima.

Rochet teve de trabalhar duas vezes em um período de três minutos. Primeiro em um chute de Barreal, após levar vantagem sobre Bruno Gomes. O uruguaio pegou sem rebote. Logo depois, um cruzamento despretensioso da esquerda pegou Matheus Henrique entrando na área. O cabeceio do volante quase encobriu o goleiro, que voltou a tempo para espalmar.

Aos 37, outra boa chance. Um chutão de Thiago Maia foi aproveitado por Wesley, que ganhou de Zé Ivaldo. O ponteiro esperou a passagem de Bernabei e tocou. O cruzamento do argentino, não muito forte, encontrou a cabeça de Borré, mas Cássio, novamente bem posicionado, defendeu.

A partida foi para o intervalo com muita reclamação do Inter pelos dois minutos de acréscimo dados pelo árbitro. O tempo foi considerado escasso pela cera feita pelos visitantes.

Gol no segundo tempo

Aos 10, mais uma vez pelo alto, o Inter levou perigo. Tabata no escanteio, Rogel na cabeçada, mas a bola foi ao lado da trave sem ninguém para completar.

Três minutos depois, Roger sinalizou e um dos auxiliares fez o gesto com as duas mãos espalmadas, indicando o número 10. Alan Patrick, aos 14, entrou no lugar de Gabriel Carvalho.

A primeira participação foi uma falta da quina da área. Alan Patrick encontrou a cabeça de Borré, que antecipou Cássio, mas perdeu, concluindo para fora, incrivelmente.

Mas a justiça foi feita ao centroavante colombiano. Aos 23, Thiago Maia recuperou a bola e Fernando achou um passe na medida para Bruno Tabata. O cruzamento foi na medida e Borré encheu o pé direito, sem chances para Cássio: 1 a 0.

A curiosidade é que o gol saiu no exato momento em que Roger havia chamado Valencia e Bruno Henrique. Com a mudança no placar, segurou as trocas por oito minutos. E incluiu Rômulo entre eles. Os escolhidos para sair foram Borré, Bruno Gomes e Bruno Tabata. No anúncio do nome, Valencia foi aplaudido.

O equatoriano entrou aceso. Ele recebeu, girou e escapou pela ponta. Deu um cruzamento a fazer. Thiago Maia chegou atrasado, Wesley não dominou e a bola ficou com Bernabei, que chutou e Cássio defendeu. Pouco depois, Valencia foi lançado em velocidade, chegou antes do zagueiro e tentou encobrir o goleiro, que abafou na hora certa.

A última troca da partida foi a saída de um exausto Thiago Maia para a entrada de Vitão, outro que esteve fora e retornou ao time. O zagueiro ajudou o time a administrar a vitória, fundamental para ter tranquilidade no campeonato.