Nos dias de jogos oficiais, ambos terão que comparecer ao 4º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina com uma hora de antecedência em relação ao início da partida e permanecer no local até uma hora depois do término. Além da restrição de comparecer aos eventos esportivos, os dois indivíduos se comprometeram a pagar uma multa de meio salário mínimo.
Consta nos autos que equipes da Polícia Militar praticavam rondas ao redor do estádio quando uma briga generalizada se instaurou entre duas torcidas organizadas dos respectivos clubes. Segundo o relato, um grupo de integrantes da torcida organizada Mancha Azul teria se dirigido até o portão de acesso da torcida visitante e arremessado rojões, provocando a torcida adversária, que começava a sair do estádio, e iniciando o confronto violento.
O incidente exigiu intervenção de diversas guarnições militares, que precisaram efetuar disparos de armamentos não letais para conter indivíduos que arremessavam garrafas e pedras. Os dois torcedores arrolados no processo foram detidos devido ao comportamento violento e à persistência em continuar brigando, fato que obrigou os agentes de segurança a algemá-los. Um deles portava um soco-inglês, utilizado para potencializar as lesões provenientes dos seus socos.
O titular da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, explica: "Considerado o fato de que ambos eram primários e com bons antecedentes, a medida de afastamento dos estádios e prestação pecuniária se mostra mais adequada, porém não exime os autores de outras responsabilidades, como a continuidade da instância penal no caso de descumprimento. Essa é mais uma ação do Ministério Público no enfrentamento a esse grave problema que envolve a violência nos estádios de futebol, que acaba afetando de diversas formas a todos os consumidores e famílias que buscam nesses locais uma opção de lazer. Continuaremos atuando com firmeza contra esse tipo de prática criminosa".