A torcida do Grêmio que foi à Arena na noite deste sábado (22) reclamou muito, mas não foi do time. Na melhor atuação gremista na temporada, os gremistas ficaram na bronca com a arbitragem no 2 a 1 sobre o Juventude — protestaram um pênalti não marcado e um gol anulado.
Apesar da bronca das arquibancadas, a equipe de Gustavo Quinteros saiu com vantagem na primeira partida das semifinais do Gauchão. No sábado (1º) de Carnaval, as duas equipes voltam a se enfrentar, desta vez no Alfredo Jaconi, para definir quem desfilará na final.
O time da Capital tem a vantagem do empate para avançar. Já a equipe da Serra precisa vencer por um gol para levar aos pênaltis e por dois para se classificaçãr no tempo normal.
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Primeiro tempo
Há momentos que mudam a história de uma partida, o humor de um time, o comportamento da torcida. O primeiro tempo foi dividido em duas fatias. Até os 26 minutos e depois dos 26 minutos. Até esse instante, o Grêmio fazia a sua melhor atuação sob o comando de Gustavo Quinteros. Vencia. Controlava o jogo. Estava próximo de ampliar a vantagem. Saiu o futebol sem textura apresentado em Roraima e surgiu um desempenho para emoldurar e servir de exemplo para o resto do ano.Parte da eletricidade recaiu na presença de João Pedro, cotado para ser ausência por lesão no tornozelo, pela estreia do zagueiro Wagner Leonardo e pela titularidade de Monsalve pelo lado esquerdo de ataque.
Quando o Grêmio inaugurou o placar, aos 13, as duas equipes ficavam por longos períodos com a bola quando conseguiam tê-la sob seus domínio. Antes do 1 a 0, Monsalve costurou da esquerda para o centro para João Pedro arrematar sem força. O lance do gol também contou com a participação do lateral-direito. A jogada foi um resumo do que de melhor a equipe gremista apresentou.
Olivera roubou a bola no campo de ataque. Ela rodou, rodou até chegar em João Pedro. Meia-lua no adversário e bola no centro da grande área, no pé de Braithwaite. De lá para o gol.
O volume ofensivo gremista se manteve. O segundo gol se aproximava até que Monsalve dividiu a bola com Abner na pequena área. Nada assinalado no campo. Nem no VAR. Eram jogados 26 minutos.
A torcida protestou. Na Rádio Gaúcha, o analista de arbitragem Diori Vasconcelos confirmou o erro na decisão da arbitragem.
O Grêmio não foi mais o mesmo. O grito alto da torcida, ficou abafado. O Juventude igualou. Ênio tocou para Jean Carlos. O meia prosseguiu a jogada com Batalha. O colombiano chutou na direção de Volpi. No meio do caminho tinha a perna de Lucas Esteves. O desvio matou o goleiro.
Antes do intervalo, cada time teve uma chance. Cada goleiro fez uma boa defesa. Ao fim da primeira etapa e antes do início da segunda, a torcida vaiou o árbitro Jonathan Pinheiro em um tom dos mais intensos.
Os números podem não mentir, mas omitem. O que aconteceu aos seis minutos do segundo tempo não entrarão para as estatísticas de Monsalve. O meia encontrou um passe nas costas da defesa para Amuzu progredir em velocidade. O belga entrou no intervalo no lugar de Cristaldo. O seu passe foi na medida para Olivera colocar o Grêmio outra vez em vantagem.
O retorno do Grêmio ao comando do placar reestabilizou a equipe gremista. A defesa controlou as investidas do Juventude. O ataque ainda criou oportunidades. De cabeça, Villasanti teve sua oportunidade para contribuir na contagem. Logo em seguida, foi Braithwaite que quase ampliou. Desta vez em cobrança de falta. A bola passou sobre o travessão.
A honra de marcar o terceiro foi de Edenilson. A marca do gol foi a objetividade. Camilo roubou a bola. Braithwaite encontrou Olivera. O uruguaio cruzou para Edenilson colocar a bola na rede. Marcou, mas não valeu. O VAR reviu o lance e foi detectada falta de Camilio ao Principiar o ataque. Gol anulado.
Aos 52, ainda deu tempo de Braithwaite acertar o travessão do Juventude.
Ainda que a noite tenha tido vaias. Elas foram somente para a arbitragem. Para o time do Grêmio, apenas aplausos.