Uma entregada juvenil de Ronaldo liquidou com as chances do Inter de avançar às quartas de final da Copa do Brasil. O gol de pênalti de Alan Patrick não foi suficiente para o time de Roger Machado superar o Fluminense no Maracanã e buscar o resultado que precisava depois de ter perdido a ida no Beira-Rio.
O 1 a 1 elimina a equipe colorada, que fica apenas com Libertadores (as oitavas de final começam na próxima quarta-feira, contra o Flamengo) e com o Brasileirão.
Roger mandou a campo a equipe especulada ao longo do dia. Devolveu a formação 4-2-3-1, com Mercado na zaga, ao lado de Vitão. A novidade foi Richard na abertura do meio-campo e Thiago Maia mais adiantado. À frente deles, Alan Patrick centralizado, Wesley na direita e Carbonero na esquerda. Borré ganhou mais uma chance no ataque. Renato fez o esperado, manteve Cannobio pelo lado e Manoel na zaga, no lugar do lesionado Thiago Silva.
A partida começou acelerada. O Fluminense não iniciou sentado na vantagem construída no Beira-Rio e incomodou pela direita, com Serna. A resposta do Inter, aos cinco minutos, foi uma conclusão de Aguirre, de fora da área, ao lado da trave de Fábio. Aos sete, Mercado fez um lançamento vertical, Borré ganhou de Manoel, mas chutou precipitadamente, de pé esquerdo, por cima.
O ritmo foi brecado bruscamente aos 13. Richard e Everaldo disputaram uma bola por cima e bateram de cabeça. O volante colorado levou a pior. Com um corte profundo, teve de deixar o campo, substituído por Ronaldo, aos 17. Foram seis minutos de paralisação.
O Inter voltou a finalizar aos 24. Aguirre cobrou lateral para a área, Borré fez a parede e a bola sobrou para Thiago Maia chutar de pé esquerdo, para fora. Após esse lance, Roger teve de fazer outra troca. Mercado acusou dores na panturrilha direita e deu lugar a Juninho.
Carbonero também sentiu uma fisgada. Ele amarrou uma faixa na coxa direita e permaneceu em campo, claramente descontado. Mas o jogo andava menos do que o Inter precisava. O Fluminense voltou a levar perigo aos 34, com Martinelli, mas seu chute passou à esquerda de Rochet.
Foi o último lance digno de nota do primeiro tempo. Sem força e sem criatividade, o Inter não conseguiu incomodar Fábio. E também pouco sofreu. O que de nada adiantaria.
Segundo tempo
Carbonero deixou o time no intervalo. Bruno Tabata entrou em seu lugar.
Só que não precisou nem de meio minuto para o Inter dar mais um presente. Ronaldo, inexplicavelmente, foi recuar mais uma vez a bola para o goleiro, e cometeu um erro de amador, com direito a dois toques na bola. Everaldo o desarmou e a bola ficou no pé de Canobbio. O chute foi forte, certeiro, sem chance para Rochet.
Logo depois da desvantagem, o Colorado esteve perto de empatar. Em jogada pela direita, Aguirre chutou cruzado e Borré desviou, para fora.
Everaldo, aos 10, quase ampliou. Em falta da entrada da área, chutou forte, raspando o travessão.
Depois da entregada, Ronaldo foi substituído. Roger foi para o tudo ou nada e colocou Ricardo Mathias em seu lugar.
Na primeira participação do jovem centroavante, pênalti. Ele estava na área durante o bate-rebate que ficaria com Bernabei, mas Manoel se precipitou e deu um bico na canela do lateral. Na cobrança, Alan Patrick deu um pulinho antes de chutar e bateu fraco. Fábio defendeu e, na volta, Bruno Tabata errou o rebote. Mas, após revisão no VAR, foi constatado que o goleiro havia se adiantado. Na segunda chance, Alan Patrick levou a sério, bateu firme, no canto esquerdo: 1 a 1, aos 19 minutos.
O gol reacendeu o time. Aos 24, Aguirre recebeu na ponta e fez um cruzamento rasteiro, a bola cruzou a área pequena sem ninguém concluir.
As últimas cartadas de Roger foram Vitinho e Valencia. Eles entraram nos lugares de Borré e Wesley.
Só aos 39 o Inter voltou a atacar. Alan Patrick cobrou escanteio, Vitão cabeceou por cima do travessão. A chance derradeira veio aos 47. Bernabei fez o cruzamento na medida. Juninho se atirou e concluiu por cima do travessão. Ricardo Mathias entrava sozinho.
O fato é que, mesmo com mais jogadores ofensivos, o primeiro tempo perdido com a formação mais defensiva cobrou o preço no segundo. Faltou força ao Inter.