A segunda parte de uma trilogia envolvente desenvolve conflitos, cria clima de incerteza, apresenta evolução dos personagens, expande as possibilidades da trama.
O segundo jogo da trilogia protagonizada por Inter e Flamengo não apresentou aspectos capazes de empolgar os colorados presentes no Beira-Rio, na noite deste domingo (17). Em jogo pelo Brasileirão, o time de Roger Machado levou 3 a 1 e precisará de uma mudança de enredo para reverter a situação da Libertadores, na próxima quarta-feira (20).
O resultado, construído com dois gols de Pedro e um de Plata, manteve os cariocas na liderança da competição. o Inter, que foi às redes com Borré, está na 12ª colocação, com 24 pontos.
No meio de semana, os dois times vão para o último tomo da trilogia, no jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. Após perderem por 1 a 0 na ida, o Inter precisava vencer. Se for por um gol de diferença, a decisão da vaga vai para os pênaltis. Por dois ou mais gols, a classificação será gaúcha.
No Brasileirão, o próximo compromisso será no sábado (23), contra o Cruzeiro, no Mineirão.
Partida foi a segunda entre Inter e Flamengo realizada num raio de uma semana.
Com 11 minutos de jogo, os indicativos de uma noite resolvida eram cristalinos. Com time misto, o Flamengo não deixou o Inter respirar e aplicou dois golpes fulminantes e, na sequência, baixou a rotação para administrar a vantagem.
Roger Machado optou por trocar quase todos os seus personagens. O único a atuar na Libertadores foi Aguirre, deslocado para a lateral esquerda. Fora de lugar, sofreu aos lotes. Ora com Varela. Ora com Luiz Araújo. Ora com Pedro. Ora com todos ao mesmo tempo.
No seu setor, saíram os dois gols do adversário colorado. Aos seis, o cruzamento da esquerda teve Varela ajeitando a bola para Pedro. De primeira, o centroavante colocou a bola na rede. O placar quase se movimentou ainda mais cedo, quando aos dois minutos, Léo Ortiz desviou com perigo.
Não fez falta. Aos 11, saiu o segundo. Outra vez com Pedro. O camisa 9 chutou devagar, devagar, de-va-ga-ri-nho e a bola entrou mansa no ecanto de Anthoni.
O Inter não acertou nem cobranças de escanteios. O que os colorados se esforçavam e não obtinham êxito era feito com naturalidade pelos cariocas.
Aos 20 minutos, as primeiras reclamações vindas das arquibancadas foram ouvidas. Léo Pereira, de bicicleta, podia ter feito o terceiro, mas acertou a trave. Um chute cruzado de Benítez, aos 44, Rossi salvou com os pés.
A segunda etapa
Nas primeiras movimentações do segundo tempo, o Inter indicou ter forças para reagir, apesar das vaias quando o time retornou a campo. De todo o esforço, Gustavo Prado, em chute espalmado por Rossi, foi o que de melhor o time apresentou na arrancada da etapa final.
Ao natural, o Flamengo aproveitou a cratera no miolo defensivo colorado aos 16 minutos. O chute de Plata venceu Anthoni sem maior dificuldade para fazer 3 a 0.
Roger lançou mão de seus titulares, em uma mistura de minimização de danos e buscar por recursos para a partida do meio de semana. Bernabei, Alan Rodríguez e Ricardo Mathias entraram. Apesar das tentativas coloradas, o time de Filipe Luís aproveitava os espaços para criar chances para marcar. De la Cruz, Ayrton Lucas e companhia tiveram a oportunidade para ampliar, mas desperdiçaram.
As trocas não promoveram nenhum plot twist na história do jogo. Sem acelerar, o Flamengo levou mais perigo nos espaços deixados pelos colorados. Porém, o desfecho estava selado, ainda que o Inter tenha acertado a trave e e descontado com Borré, nos acréscimos. Na quarta, a última parte da trilogia.