
Na estreia de Ramón Díaz no comando do Inter, um jogo que ilustra bem a diferença de um tempo para o outro. Depois de uma etapa inicial de domínio colorado, Alan Patrick abriu o placar. Porém, a segunda teve controle do Juventude e o empate com Ênio. O 1 a 1 deixa a equipe de Porto Alegre na 14ª posição após 24 jogos no Brasileirão. O time de Caxias do Sul permanece no Z-4.
O primeiro Inter de Ramón Díaz teve uma formação em 4-4-2 à argentina, com três jogadores dando suporte a um "enganche" (o popular armador) e dois atacantes. Em nomes: Luis Otavio, Bruno Henrique, Romero no tripé, Alan Patrick na construção, Carbonero e Borré como dupla de ataque. Na defesa, Alan Benítez e Victor Gabriel substituíram os suspensos Aguirre e Bernabei. Além dos dois laterais, o time teve como desfalques Rochet, Thiago Maia, Richard e Alan Rodríguez, todos lesionados.
No Juventude, Carpini adiantou Nenê para ser o penúltimo jogador mais avançado da equipe, atrás apenas de Taliari.
A partida começou peleada como costumam ser os encontros entre Juventude e Inter. Os visitantes apresentaram como novidade uma tentativa maior de ficar com a bola e manter a posse, enquanto os mandantes buscavam um jogo mais direto. O fato é que, nos primeiros 15 minutos, as únicas conclusões foram de fora da área, uma de cada time, ambas longe da meta adversária.
O jogo era truncado, pegado, disputado, mas acabou desbloqueado aos 23 minutos da forma mais inesperada possível. O craque do Juventude, Nenê, sozinho, escorregou sozinho e perdeu a bola. Romero entregou rapidamente a Carbonero, que arrancou pela esquerda, entrou na área, driblou Luan Freitas e chutou. Jandrei defendeu parcialmente, com as pernas, e Alan Patrick, atento, completou para a rede, no rebote: 1 a 0 para o Inter.
Jogo controlado
Depois da vantagem, o jogo ficou ainda mais à feição dos colorados. O Juventude, ansioso, errava passes e construía pouco, quase nada. Mas faltava, aos comandados de Ramón Díaz, qualidade para encaixar contragolpes.
Defensivamente, o Inter não sofreu. Encaixado com Luis Otavio à frente da zaga e com bom controle de parte de Bruno Henrique e Romero, o time de Porto Alegre administrou até o intervalo sem maiores sustos.
Pressão jaconera na etapa final
Carpini mexeu na equipe no intervalo. Ele tirou Nenê para colocar Ênio. Ramón Díaz manteve os mesmos 11 que começaram. Com a substituição, o Juventude, enfim, tentou se impor. Nos primeiros minutos da segunda etapa, forçou bola para a área, buscou Taliari, e começou a pressionar.Aos sete, a prova de que o cenário tinha mudado. Marcelo Hermes cobrou escanteio da esquerda, Rodrigo Sam cabeceou para o segundo pau e Ewerthon completou para o gol. O lance, porém, foi anulado, ainda no campo, por impedimento. O VAR confirmou o acerto da bandeirinha Fabrini Bevilaqua.
Ênio, aos 13, obrigou Anthoni a fazer boa defesa. Ele arriscou da intermediária e o goleiro colorado defendeu com firmeza. Carpini percebeu o momento e pôs força ofensiva. Ele incluiu Gilberto e Bilu nas vagas de Everthon e Taliari
Os dois recém-entrados deram resultado quase imediatamente. Aos 17, Bilu cruzou da esquerda, Gilberto encostou na bola, que sobrou para Ênio deslocar Anthoni: 1 a 1.
Depois de levar o empate, Ramón Díaz mexeu na equipe. Ele tirou Bruno Henrique e Romero para colocar Ronaldo e Bruno Tabata. Com meia hora da segunda etapa, Alan Patrick saiu para a entrada de Vitinho.
Mandaca, aos 32, quase virou o jogo. Ele driblou Benítez, trouxe para dentro e chutou. Mercado desviou para escanteio. Aos 36, Marcelo Hermes cobrou uma falta da direita, Sforza cabeceou e ninguém completou no segundo pau.
Aos 38, Ramón Díaz fez sua última troca. Saiu Carbonero, entrou Ricardo Mathias. Mas o cenário não mudou. O Inter apenas resistiu e saiu do Jaconi com um pontinho e muito a fazer. O Juventude lamentou o mesmo pontinho. E tem ainda mais para fazer.
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