Era preciso vencer, e isso foi feito. Diante de 20 mil colorados, o Inter fez 2 a 0 no lanterna Sport e respirou um pouco melhor no Brasileirão. Os gols de Borré e Bruno Henrique levaram o time de Ramón Díaz a 35 pontos, na 14ª posição após 29 rodadas (e 28 jogos). São sete de vantagem sobre o Vitória, o primeiro do Z-4, que joga nesta segunda-feira (20) contra o Santos, na Vila Belmiro.
Foram muitas mudanças no Inter na comparação com a equipe que havia atuado na quarta-feira passada. A começar pelo goleiro. Anthoni, de má atuação, deu lugar a Ivan, que fez sua segunda partida com a camisa colorada. O trio de zaga teve Vitão, Clayton e Juninho, com Mercado no banco. Aguirre e Bernabei seguiram nas alas, com Thiago Maia e Bruno Gomes (de volta ao time titular após nove meses e uma cirurgia no joelho). À frente deles, um tripé. Sem Alan Patrick, com uma lombalgia, Ramón Díaz lançou Vitinho, Borré e Carbonero.
O Inter começou mais ofensivo. Aos cinco minutos, já tinha duas finalizações. A mais perigosa foi de Carbonero, que acabou nas mãos do goleiro, mas por pouco não foi desviada por Borré.
A partida ficou acidentada, com atendimentos médicos e dois riscos, um em falha de Clayton Sampaio, que Vitão bloqueou, outro em falta afastada pela defesa. Demorou mais 10 minutos para o Inter atacar novamente. Carbonero fez tudo sozinho pela esquerda, mas concluiu para fora.
A primeira chance mais clara saiu aos 18. Em jogada ensaiada de escanteio, Carbonero recebeu na área e encostou para Bernabei. O lateral chutou cruzado, a bola bateu na trave, correu sobre a linha e não entrou.
Aos 23, Borré fez seu papel. A jogada começou com um lançamento primoroso de Bernabei para Vitinho. O ponteiro fez um cruzamento na medida para o centroavante apenas escorar para a rede e tirar o Inter do sufoco: 1 a 0.
O Sport levou muito, muito perigo aos 28. Trocando passes e envolvendo a defesa colorada, os pernambucanos fizeram a bola chegar à ponta direita. Romarinho cruzou, Derik cabeceou a centímetros da trave de Ivan. Aos 31, o susto foi ainda maior. Derik foi lançado entre Vitão e Juninho, entrou sozinho e perdeu, chutando para fora.
O momento era dos visitantes. Aos 40, Lucas Lima tabelou com Romarinho, que recebeu na área e chutou. A bola pegou entre a trave e Ivan, e, na volta, Thiago Maia cortou do jeito que deu.
Só depois disso, o Inter se assentou no jogo e conduziu até o intervalo sem mais sustos. Mas também de pouca produção ofensiva.
Ramón Díaz não mudou a equipe no vestiário. E o panorama dos minutos iniciais era parecido. O Sport tinha a bola, o Inter esperava pelo contragolpe. Mas, na prática, os dois jogavam um no erro do outro.
Aos 12, o técnico colorado fez as primeiras trocas. Saíram Vitinho e Aguirre para as entradas de Alan Rodríguez e Alan Benítez. Aos 20, mais duas: fora Thiago Maia (sentindo dores) e Bruno Gomes, dentro Ronaldo e Bruno Henrique.
A primeira participação de Bruno Henrique foi decisiva. Ele começou a jogada pelo meio e abriu para Carbonero. O colombiano foi ao fundo e cruzou rasteiro, exatamente onde entrava o camisa 8 colorado, que empurrou para a rede: 2 a 0 e um pouco mais de alívio no Beira-Rio, aos 23 minutos.
A tranquilidade total poderia ter vindo aos 29, mas Bernabei, que se livrou de um zagueiro, chutou mal, para fora. Aos 35, foi Borré quem deixou de matar. Ele recebeu de Carbonero, entrou sozinho na área, em velocidade, e tirou do goleiro, mas também da trave.
Foi a última jogada do colombiano, que saiu para a entrada de Raykkonen. Em seu primeiro lance, o menino tabelou com Carbonero, entrou na área e chutou, Gabriel fez uma grande defesa.
O Sport não tinha mais forças, e o Inter desperdiçou o que criou. Mas administrou sem sustos uma vitória fundamental para não correr riscos no Brasileirão.
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