O Inter deixou dois pontos que eram inegociáveis no Beira-Rio. O contexto, contra um adversário direto, tendo ficado com um jogador a mais desde o primeiro tempo e em uma rodada que quase todos os resultados ajudaram, era favorável.
Mas os mais de 32 mil colorados que atenderam os pedidos do clube deixaram o estádio frustrados com o 0 a 0 contra o Atlético-MG. O resultado mantém a equipe na 15ª posição no Brasileirão, agora cinco pontos acima do Vitória, primeiro do Z-4, e adversário de quarta-feira, em Salvador.
Os testes feitos por Ramón Díaz no CT Parque Gigante foram levados ao Beira-Rio. O técnico deixou Carbonero no banco e Bruno Tabata de titular. A escalação teve um trio de zaga com Vitão, Mercado e Juninho, Vitinho e Bernabei nas alas, Bruno Gomes e Thiago Maia na abertura do meio-campo, Tabata e Alan Patrick mais à frente, junto a Borré.
No Atlético-MG, Sampaoli optou por um trio de ataque estrelado, com Hulk, Dudu e Rony.
O começo de jogo foi de aplicação por parte do Inter. Forçando as jogadas e contando com Alan Patrick na criação, deixou o Galo no campo de defesa, mas faltava a conclusão. Tanto que o primeiro lance de perigo veio em um cruzamento de Vitinho que Junior Alonso cabeceou contra e assustou Everson.
Aos 13 minutos, Borré recebeu de Thiago Maia e foi desarmado por Vitor Hugo, que levantou a perna na altura do joelho do atacante. O colombiano ficou deitado no chão pedindo atendimento.
Nesse tempo, o árbitro foi chamado ao vídeo para rever o lance. E, aos 17, tomou a decisão: falta e cartão vermelho para o zagueiro do Atlético-MG. Para recompor a defesa, Sampaoli colocou Ruan na vaga de Dudu.
Depois desse lance, o jogo ficou acidentado. Thiago Maia e Saravia se chocaram de cabeça, o que gerou mais uma paralisação.
Aos 28, um momento de enorme apreensão no Beira-Rio. Rony foi lançado às costas da defesa e Bernabei saiu atrás. O lateral chegou junto, o atacante mergulhou e o árbitro deu pênalti. Chamado ao vídeo, Alex Gomes Stefano corrigiu sua decisão e anulou a penalidade.
O fato é que o Inter não se encontrava, mesmo tendo superioridade de jogadores. Levou quase 40 minutos para incomodar ofensivamente. Alan Patrick achou Vitinho nas costas da defesa, o ala escorou para o meio e Bernabei chegou dividindo com Saravia, que conseguiu salvar.
Aos 43, o Inter perdeu a melhor chance do primeiro tempo. A jogada foi toda aos trancos e barrancos. Bernabei ganhou na força e acionou Vitinho. Duas vezes ele pareceu ter adiantado demais, mas chegou na frente em ambas e conseguiu ajeitar para o meio. Bernabei e Tabata chegaram dividindo com a zaga, que impediu o gol.
Aos 45, em jogada ensaiada de escanteio, Alan Patrick entregou para Bernabei, que rolou para o meio, onde chegava Tabata. O chute ainda desviou no meio do caminho, e Everson fez uma defesa espantosa.
Aos 47, Bernabei cruzou, Borré ajeitou no peito e Thiago Maia explodiu a bola no travessão. Mas o lance foi anulado por impedimento do atacante.
O primeiro tempo terminou sem que o Inter levasse ao placar a superioridade de jogadores. E até de chances criadas, mesmo que nos minutos finais.
Ramón Díaz mexeu na equipe no intervalo. Ele tirou Juninho e colocou Carbonero. Com isso, partiu para um 4-3-3, tendo Bruno Gomes e Bernabei nas laterais, Thiago Maia, Bruno Tabata e Alan Patrick no meio, Vitinho, Borré e Carbonero na frente.
A segunda etapa começou parecida com o meio da primeira. O Atlético-MG tentava levar o jogo a seu ritmo, e o Inter custava a achar soluções ofensivas. Tanto que levou 10 minutos para concluir a gol. Foram dois chutes, um de Bernabei, Everson espalmou para fora, outro de Tabata, defesa firme do goleiro.
Novo erro da arbitragem
Aos 11, outra polêmica com o árbitro. Alan Patrick foi desarmado por Alan Franco e, na dividida, raspou o peito do pé na canela do jogador do Galo. No campo, o juiz deu cartão vermelho ao camisa 10 colorado. Pela terceira vez, foi chamado ao vídeo para corrigir sua decisão e trocar para amarelo. Foram cinco minutos de paralisação.
O técnico deixou o time ainda mais ofensivo aos 20. Ele tirou Bruno Tabata e colocou Ricardo Mathias.
Mas ter mais jogadores de frente não significava produção. Só aos 32 voltou a chutar, e em jogada ensaiada de falta. Alan Patrick encostou para Carbonero bater, Everson defendeu.
No minuto seguinte, a melhor oportunidade. Em cruzamento da esquerda, Mathias ganhou no alto e cabeceou no canto, Everson fez um milagre.
Gustavo Prado, aos 40, foi mais uma tentativa de Ramón Díaz. Ele entrou no lugar de Vitinho.
Ricardo Mathias, aos 44, bateu de fora da área e Everson salvou. Logo depois, após escanteio, Borré desviou e a bola cruzou pela frente do gol, sem ninguém completar. A pressão nos minutos finais não deu resultado. E o time deixou o campo sob vaias. E pressionado.
Próximo jogo
Brasileirão — 32ª rodada
5/11/2025 — 19h
Barradão (Salvador)
Vitória x Inter
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