
Rodada após rodada, jogo após jogo, chance após chance, o Inter desperdiça oportunidades para ter um fim de ano sossegado. Desta vez foi em Salvador, no Barradão. Os colorados passarão ao menos até sábado (8) mais próximos da zona de rebaixamento do Brasileirão. Em um confronto direto contra o Z-4, a distância para o primeiro rebaixado saiu do controle do time de Ramón Díaz após a derrota por 1 a 0 para o Vitória, nesta quarta-feira (5).
O resultado tirou os baianos do bolo dos quatro últimos colocados e jogou o Santos para a pior região da tabela. O gol de Lucas Halter encurtou a distância do 17º colocado para o Inter para três pontos.
Mas o Santos fecha a 32ª rodada na noite desta quinta-feira (6), quando enfrenta o Palmeiras. Se os santistas montarem, a vantagem do Inter, com 36 pontos, para a zona de rebaixamento fica em dois pontos. Outro resultado, manterá a diferença em três. No sábado (8), nova oportunidade para diminuir o sofrimento. Agora, em casa. O adversário será o Bahia, postulante a uma vaga à Libertadores 2026.
Nova mudança na escalação
O time do Inter, para Ramón Díaz, funciona como um Lego. Ele monta peça por peça e se não gosta do resultado, desmancha para fazer uma nova composição. No caso do time colorado, são nove montagens e nove escalações diferentes. Para enfrentar o Vitória, Ricardo Mathias foi titular pela primeira vez sob o seu comando. Vitinho seguiu na ala direita.
Clássico de terror
As equipes escaladas por Díaz e Jair Ventura foram dignas de um livro escrito por Stephen King, mestre dos clássicos de horror. O futebol foi assustador. A bola parecia ter pregos. Era difícil de passar. Complicado de dominar. Chutões, chutões, chutões. Donde, impossível era atacar com algum perigo.
O jogo
Nos primeiros 10 minutos, pouco futebol — isso foi durante toda a primeira etapa —, no sentido de pouca bola rolando. Faltas. Reclamações. Escanteios. Tudo truncado. Ivan chegou a cometer pênalti, mas o lance foi anulado por impedimento na sua origem.
A escolha de Díaz por Ricardo Mathias para substituir o suspenso Borré não resultou em nada de proveitoso no primeiro tempo. A partida sangrava para o seu fim, quando o centroavante disparou o seu primeiro chute.
Até então, não dera continuidade a nenhuma jogada. De bem longe, arriscou. O tiro saiu fraco nas mãos do goleiro Thiago Couto. Longos 50 minutos tinham se passado até a primeira defesa da noite soteropolitana.
O Inter ainda teve duas finalizações. Ambas de fora da área. Longas longe do gol. Uma delas com Alan Patrick. A outra com um otimista Clayton Sampaio.
Ricardo Mathias e Bruno Tabata não voltaram para o segundo tempo. Carbonero e Gustavo Prado foram as novas peças do Lego de Ramón Díaz. A montagem não melhorou muito. A rede, enfim, balançou aos 11 minutos. Mas pelo lado de fora, para sorte dos colorados.
Erick recebeu em condições de chutar de direita. Preferiu cortar para a esquerda e fintar um defensor. Mesmo com caminho livre, errou o alvo.
Quem não errou foi Lucas Halter, aos 22. Foi em uma cobrança de escanteio, cedido por Vitão em uma cabeceio que quase resultou em gol contra. Halter de costas para o gol, desviou a bola para fazer 1 a 0.
Díaz desmanchou, mais uma vez, o seu Lego. Desfez o sistema com três zagueiros com a saída de Clayton Sampaio para a entrada de Romero. Outra vez não funcionou.
Kayser, sozinho na grande área, colocou pela linha de fundo a chance de ampliar. O Inter termina a noite mais perto da zona de rebaixamento, e Ramón dias desmanchará mais uma vez as peças montadas.
Próximo jogo
Sábado, 8/11 – 18h30min
Inter x Bahia
Beira-Rio – Brasileirão (33ª rodada)
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