Nesta sexta-feira (27), é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, marcando o ápice da campanha "Setembro Verde", que busca conscientizar a população sobre a importância desse gesto de solidariedade. No Atualidades desta quinta-feira (26), as enfermeiras Franciele Rasch e Aniely Anschau, integrantes da Comissão Hospitalar de Transplantes do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, falaram sobre a importância de abordar o tema de forma aberta com a família.
As enfermeiras explicaram que a comissão de transplantes é formada por uma
equipe multidisciplinar, pronta para atender tanto os pacientes quanto suas
famílias durante todo o processo. Segundo dados da Associação Brasileira de
Transplantes de Órgãos (ABTO), Santa Catarina tem a segunda maior taxa de
doação de órgãos do Brasil, com 40,7 doadores por milhão de habitantes no
primeiro semestre de 2024, quase o dobro da média nacional, que é de 19,5.
Outro dado importante é que o estado possui uma das menores taxas de recusa
familiar, com 35%, enquanto a média nacional chega a 45%. De janeiro a agosto
de 2024, a SC Transplantes, ligada à Secretaria de Estado da Saúde (SES),
recebeu 504 notificações de potenciais doadores, dos quais 215 se tornaram
doadores efetivos, elevando o índice estadual para 42,3 por milhão de
habitantes.
As enfermeiras reforçaram que qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos e
tecidos, e não é necessário deixar um documento formalizado. O mais importante
é que o desejo seja comunicado à família, já que a doação só é realizada com a
autorização dos familiares.
"É essencial que as famílias estejam cientes da vontade do ente querido
em ser doador, pois isso facilita o processo e ajuda a salvar vidas",
destacaram as enfermeiras. Após a autorização familiar, inicia-se a logística
para a remoção dos órgãos, a seleção de receptores compatíveis e, em seguida, a
distribuição dos órgãos para os transplantes.