ECONOMIA - 15/11/2024 10:26 (atualizado em 21/11/2024 13:44)

Presidente da FCDL/SC comenta campanha de recuperação de crédito e PEC sobre jornada de trabalho no Atualidades

Onildo Dalbosco Júnior destacou a importância de renegociar dívidas e alertou para os riscos da proposta de redução da jornada semanal.
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Nesta sexta-feira (15), o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), Onildo Dalbosco Júnior, participou do programa Atualidades, onde abordou dois temas de grande relevância: a Campanha Estadual de Recuperação de Crédito e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada semanal de trabalho de 44 para 36 horas.

Campanha de Recuperação de Crédito

A campanha, realizada com o apoio do Procon/SC e do SPC Brasil, ocorre entre 20 de novembro e 10 de dezembro. Durante o período, consumidores com o nome negativado poderão renegociar suas dívidas presencialmente nas CDLs de suas cidades ou pelo site www.negociardivida.com.br.

Dalbosco Júnior destacou que a ação oferece condições especiais para quitar débitos, permitindo que os consumidores voltem a ter crédito e iniciem 2025 de maneira mais tranquila. “Essa é uma grande oportunidade para as entidades e os consumidores resgatarem o crédito no comércio e começarem o próximo ano no azul”, enfatizou.

De acordo com dados do SPC Brasil, mais de 67 milhões de brasileiros estão inadimplentes, o que representa cerca de 41% da população adulta. A dívida média de cada consumidor é de R$ 4.397,00.

PEC sobre a redução da jornada semanal

Sobre a proposta de redução da jornada de trabalho, o presidente da FCDL/SC demonstrou preocupação e classificou a medida como uma ameaça à sustentabilidade das empresas. Segundo ele, a redução das 44 para 36 horas semanais afetaria negativamente a produtividade e aumentaria os custos operacionais, em um cenário já desafiador para os empresários.

“É suprema ingenuidade supor que o empresário conseguirá manter a remuneração do trabalhador com uma carga horária reduzida no canetaço, ao mesmo tempo em que enfrenta uma série de desafios, como falta de mão de obra qualificada, altos encargos trabalhistas e judicialização das relações de trabalho”, afirmou.

Dalbosco Júnior também ressaltou que a realidade brasileira é muito diferente de países desenvolvidos, como os escandinavos, onde escalas reduzidas são viáveis devido a investimentos massivos em educação e estrutura social. Ele alertou que a PEC pode gerar mais insegurança jurídica e prejudicar tanto empresas quanto trabalhadores.

“Espera-se que o Poder Legislativo proponha medidas que realmente melhorem a produtividade e a qualidade de vida, sem agravar os problemas já enfrentados por quem gera empregos e renda no Brasil”, concluiu.

A FCDL/SC segue acompanhando de perto os desdobramentos da PEC e reforça a importância de ações que incentivem o desenvolvimento econômico de maneira sustentável.


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Fonte: Marcos de Lima / Rádio 103 FM
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