ATUALIDADES - 27/08/2025 16:29

Dívidas afetam saúde mental e estão ligadas a casos de depressão e ansiedade, aponta economista

Diane Baronio destacou que quase 80% das famílias brasileiras estão endividadas e que a falta de organização financeira pode gerar estresse, insônia e até separações familiares.
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A economista Diane Baronio alertou, em entrevista ao programa Atualidades da 103FM, para a forte relação entre saúde financeira e saúde mental. O bate-papo ocorreu no contexto da campanha Setembro Amarelo, que reforça a prevenção ao suicídio.

Segundo ela, cerca de 77,6% das famílias brasileiras estão endividadas, e quase 78 milhões de pessoas já possuem o CPF negativado. Além disso, mais da metade da população (51%) relata alto estresse financeiro, fator que contribui para quadros de ansiedade, depressão e conflitos familiares.

Foto: Enzo Zotta / WH Comunicações

Diane destacou que os impactos também chegam ao ambiente de trabalho: na última década, os afastamentos por questões de saúde mental cresceram mais de 134%, muitos deles relacionados a problemas financeiros.

Ela explicou que o endividamento é, muitas vezes, consequência da falta de organização no orçamento doméstico. A ausência de planejamento, de reservas de emergência ou de controle das despesas acaba gerando insegurança financeira. “O dinheiro não é algo isolado, ele está presente em tudo. Quando não temos uma boa relação com ele, isso afeta nossos relacionamentos, nosso sono e nossa saúde mental”, pontuou.

A economista lembrou ainda que discussões sobre dinheiro entre casais costumam ser uma das principais causas de separações, superando até mesmo casos de infidelidade. Muitas vezes, mulheres descobrem dívidas após o divórcio, por não acompanharem a gestão financeira do lar.

Para enfrentar o problema, Diane recomenda que cada pessoa anote entradas e saídas de dinheiro, mesmo que em um caderno simples. Ela também orienta a buscar ajuda profissional, tanto de psicólogos quanto de consultores financeiros. “Toda dívida tem solução. O primeiro passo é enfrentar a situação e organizar o orçamento para, aos poucos, retomar o equilíbrio”, afirmou.

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Fonte: Eduardo Oliveira / WH Comunicações
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