“É sempre uma alegria estar aqui, mas o tema de hoje é muito sério. Esse dado é perturbador e nos convida a refletir não apenas sobre saúde mental, mas sobre a própria experiência humana”, destacou Gabriela.

De acordo com a psicóloga, a adolescência é um período específico do desenvolvimento humano, marcado por intensas mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e sociais. “O adolescente não é mais criança, mas também não é adulto. Ele transita entre esses dois mundos, e isso gera muitos conflitos internos e externos”, explicou.
O papel dos pais e responsáveis
Entre os sinais de alerta, Gabriela cita:
“É fundamental que os adolescentes sintam que não estão sozinhos e que têm com quem contar. Esse vínculo de confiança é um fator protetor importantíssimo”, completou.
Durante a entrevista, a psicóloga também refletiu sobre a importância de ensinar crianças e adolescentes a lidar com frustrações. “A vida impõe limites o tempo todo. Se uma criança quer chocolate antes do almoço, o adulto precisa ajudá-la a entender que não é o momento, mas sem desvalidar o desejo dela. É nesse detalhe que vamos construindo maturidade emocional”, exemplificou.
Gabriela finalizou reforçando que pais e responsáveis não devem hesitar em buscar ajuda profissional diante de sinais de sofrimento dos filhos. “Não existe fórmula pronta, mas o diálogo e a presença são fundamentais. E quando necessário, é essencial procurar psicólogos e psiquiatras. Inteligência artificial, rede social ou conselhos da internet não substituem acompanhamento profissional”, alertou.