Que jogo viram os mais de 32 mil torcedores que foram ao Beira-Rio. Inter e São Paulo protagonizaram uma partida de alta intensidade, de seis gols (cinco no primeiro tempo), na noite desta quarta-feira (20). Mas o 3 a 3 deixa um gosto amargo para os colorados. A equipe da casa esteve três vezes à frente do placar e permitiu a igualdade de um visitante recheado de reservas. Com o resultado, os gaúchos se afastam da briga pela liderança, mas permanecem no G-6 do
Mano Menezes escalou o time esperado, com os retornos de Moledo e Mercado à zaga, Moisés mantido na lateral esquerda para uma possível despedida no Beira-Rio. De resto, a equipe foi repetida na comparação com a de sábado passado. O São Paulo, sim, veio bastante modificado. Com mais de um time de desfalques e preservando outros atletas, Rogério Ceni montou um 3-5-2 com Rafinha de zagueiro pela direita, estreou Marcos Guilherme como ala pela esquerda mais Nikão e Luciano como dupla de ataque.
A vantagem, porém, se esvaiu em seis minutos. Igor Vinícius tabelou com Luciano, recebeu nas costas de Moisés. Com espaço, ele levantou a cabeça e cruzou rasteiro para Nikão, já sem goleiro, apenas empurrar para a rede: 1 a 1.
Aos 21, o Inter teve uma chance clara. Alemão deu um drible desconcertante em Rafinha, deixou-o sentado no chão, invadiu a área e bateu cruzado. Pedro Henrique passou-se da bola e Mauricio não alcançou. Tiro de meta.
No ataque seguinte, o Inter voltou à frente. Começou graças a Heitor. O lateral deu dois carrinhos perfeitos no meio-campo para recuperar a bola. A bola chegou a De Pena, que achou um espaço milimétrico às costas de Rafinha. Alemão recebeu no fundo, equilibrou-se e fez um cruzamento na medida para Pedro Henrique cumprimentar o goleiro: 2 a 1. O VAR chegou e dois minutos depois, o gol foi confirmado.
O ritmo do jogo era alucinante. E, novamente, o São Paulo foi punido por tentar fazer cera. Desta vez foi Rodrigo Nestor, que caiu em uma dividida e ficou deitado. O Inter atacou, com autorização do árbitro. Edenilson conduziu a bola e percebeu a movimentação de Alemão. O passe foi na medida. O centroavante entrou na área e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti. Edenilson, aos 40, cobrou bem, Thiago Couto se esticou e chegou a tocar na bola, mas não o suficiente. Cinco gols, um primeiro tempo animadíssimo, Inter 3 a 2.
Incrivelmente, a trave impediu que ocorresse mais uma vez o empate do São Paulo pouco depois de um gol do Inter. Luciano, aos 47, recebeu na área e bateu em curva, no ângulo. O poste salvou Daniel e garantiu a vantagem até o intervalo.
Johnny foi a novidade colorada para a segunda etapa. Ele voltou do vestiário na vaga de Mauricio. Em cinco minutos, o Inter já estava aumentando a vantagem. Em uma tabela pela direita, Pedro Henrique recebeu na frente, pela direita, entrou na área e cruzou para trás. Johnny passou da bola e Rafinha fez contra. O auxiliar assinalou impedimento, confirmado pelo VAR um minuto depois.
Aos 15, o Inter por pouco não voltou à frente. Pedro Henrique escorou para Alemão, que lançou Johnny. O meia entrou na frente do goleiro e bateu levemente desequilibrado, Thiago Couto salvou. Foi a última ação de Alemão, que deu lugar a Wanderson. Com a troca, Pedro Henrique ficou mais centralizado.
A bola aérea se mostrava uma boa arma para o Inter. Aos 22, De Pena cobrou falta para a área e Moledo, sozinho, cabeceou para fora. A bola ficou um pouquinho mais alta do que esperava. Aos 24, nova jogada de ataque. Wanderson tentou o drible, perdeu a bola, mas Pedro Henrique pegou a sobra. Arriscou, a defesa cortou, Edenilson pegou a sobra e Pedro Henrique tentou de novo, por cima.
Aos 36, Mano fez as últimas trocas. Tirou os dois laterais, Heitor e Moisés, e De Pena, para colocar Estêvão, Thauan Lara e David. Na nova formação, Pedro Henrique foi para a direita, Wanderson ficou na esquerda e David virou centroavante.