Ao definir-se entre as duplas Alan Patrick e Edenilson ou Maurício e Johnny, Mano Menezes mostrará uma parte de seus planos para a reta final do Campeonato Brasileiro, onde o Inter ainda briga para ficar, no mínimo, no G-6, e também para a próxima temporada. Trata-se da escolha entre um meio-campo mais experiente e de posse de bola ou um outro de mais energia, juventude e intensidade. Tudo indica que o técnico só divulgará a sua opção momentos antes da partida contra o Juventude, na próxima segunda-feira, no Beira-Rio.
Os dois primeiros sempre foram considerados titulares. São jogadores com passagem pelo Europa e, no caso de Edenilson, pela Seleção Brasileira. Mas ambos foram desfalque na partida contra o Fluminense, há duas rodadas. O Inter jogou bem e goleou o time carioca, fazendo Mano Menezes repetir a formação na rodada seguinte, contra o Avaí.
“Achei justo manter a escalação inicial. O treinador passa muitas coisas para os jogadores. Nós saímos de uma eliminação, tínhamos um jogo muito difícil e a equipe teve uma atuação impecável contra um adversário muito difícil (Fluminense). Eu não posso desconsiderar isso. Chamei os dois jogadores que ficaram de fora, expliquei tudo e eles entenderam. São jogadores experientes”, explicou Mano, ainda em Florianópolis, onde o Inter venceu o Avaí por 1 a 0 com um gol nos acréscimos.
A entrada de Maurício entrega maior movimentação e capacidade de marcação ao meiocampo. Ele é intenso, movediço e tem marcado gols. Mas Alan Patrick é um jogador mais técnico, um meia clássico. Para tê-lo no Beira-Rio, o Inter pagou R$ 2 milhões ao Shakhtar Donetsk à vista e, além disso, abriu mão de receber outros cerca de R$ 7 milhões que clube ucraniano devia pela transferência de Vinicius Tobias no ano passado.
As diferenças entre Johnny e Edenilson também são visíveis. O primeiro tem a juventude e a simpatia da torcida a seu favor. O segundo, a experiência e o fato de ser um dos goleadores e principais “garçons” da equipe. Mano já disse que pretende recuperar Edenilson, mas tudo indica que o momento é de Johnny.
Inter tem quatro opções para montar setor criativo contra o Juventude | Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação