Não foi mero descuido a nota publicada pelo Grêmio perto das 19h30min na quinta-feira no site do clube, anunciando a troca de comando para a chegada de Renato Portaluppi, mencionar apenas o nome de Roger Machado. Ou seja, não citou os auxiliares Roberto Ribas, James Freitas e Diego Jussan, além do de Paulo Paixão, coordenador técnico, apesar de todos terem sido demitidos junto com Roger. O texto somente com os dizeres "seus auxiliares" tem uma explicação.
O presidente Romildo Bolzan Jr tentava naquele exato momento da noite ainda persuadir James Freitas para que este treinasse o time contra o Vila Nova. E o fez por duas vezes. Ambas, sem sucesso. De posse da negativa, e sem ninguém no cargo da comissão permanente desde a saída de Thiago Gomes na virada do ano, César Lopes, foi acionado para a missão.
Renato, com quem o dirigente tratou enquanto Roger ainda era técnico chega hoje para sua quarta passagem como treinador do Grêmio. Justamente ele, apontado pelo presidente gremista a seus pares em reuniões na Arena, no ano passado, como um dos principais responsáveis pelo momento atual do clube. A relação direta entre eles deve dispensar a figura do vice de futebol.
Ao trazer Renato, Romildo cumpre, dentro de seus processos, uma de suas promessas ao longo da gestão: terminar seu mandato ao lado do maior ídolo do clube. Não pegou bem com parte da torcida, integrantes do vestiário e com os profissionais demitidos a postagem na conta oficial do Twitter do Grêmio chamando a torcida para o jogo da sexta-feira. “Lembramos de ter visto alguns prometendo comprar ingresso com uma condição. A condição voltou” diz uma parte do texto. A atitude foi encarada como desrespeito a Roger.
Renato inicia hoje sua quarta Era no Grêmio | Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação