De olho no Céu - 12/12/2022 20:16

Chuva de meteoros poderá ser vista na noite de terça-feira

É possível que o brilho da lua cheia atrapalhe a observação; pico da Geminídeas é entre 13 e 14 de dezembro
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Geminídeas recebe esse nome porque seu radiante fica na altura da Constelação de Gêmeos Carlos Fernando Jung / Divulgação

Quem gosta de fenômenos astronômicos tem um bom motivo para grudar os olhos no céu ao longo da noite de terça-feira (13) e madrugada de quarta-feira (14), quando ocorre o pico da chuva de meteoros Geminídeas, uma das mais aguardadas do ano.

A expectativa é alta porque é prevista uma queda de cerca de 120 meteoros por hora, embora a lua entre as fases cheia e minguante possa atrapalhar sua visibilidade. Tem esse nome, Geminídeas, porque seu radiante, ou seja, o ponto no céu de onde parecem surgir os meteoros, fica na altura da Constelação de Gêmeos.

Enquanto a maioria das chuvas de meteoros é formada por pedacinhos de cometas que deixam um rastro ao orbitarem o Sol, a Geminídeas é formada pelo que sobrou da passagem de um asteroide que também gira em torno da nossa estrela.

Quando a Terra faz sua passagem por essas faixas de fragmentos deixadas tanto pelos cometas quanto pelos asteroides, as partículas entram na atmosfera do nosso planeta e queimam, causando as chuvas de meteoros que ano após ano atraem centenas de observadores, e são popularmente chamadas de estrelas cadentes. 

— Cometas e asteroides orbitam periodicamente ao redor do Sol, assim como a Terra. Por isso as chuvas de meteoros têm datas — explica o astrônomo Guilherme Marranghello, professor de Física da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e diretor do planetário da universidade. 

Embora as chuvas de meteoros como a Geminídeas sejam visíveis a olho nu, é possível que o brilho da lua cheia afete sua visibilidade, alerta a astrônoma Virgínia Alves, professora do Instituto de Física e Matemática da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e responsável pelo Laboratório de Astronomia da instituição. 
Isso porque, quanto mais escuro for o local de observação, mais fácil de ver os meteoros riscando o céu. 

— Vale a pena assistir, mas não crie expectativas de que verá os 120 meteoros por hora. Só os maiores meteoros serão vistos, ou mesmos os bólidos. Ainda assim, vale a pena mesmo com as condições desfavoráveis — diz. 

A dica é sair para observar o céu ainda na noite de terça-feira, pouco antes de a Lua nascer. Quem está fora da cidade, onde não há luz artificial, terá mais chances de flagrar os meteoros caindo. 

Segundo o professor Marranghello, basta olhar para o céu na direção da Constelação de Gêmeos, que fica logo abaixo das Três Marias. É nessa área que boa parte dos meteoros da Geminídeas deve aparecer, mas é possível que venham de outros lados também.

Quem tem dificuldade em encontrar constelações pode se apoiar na tecnologia. De acordo com a professora Virgínia, o aplicativo Stellarium é bastante útil — basta instalar no celular e direcionar o aparelho para o céu que o sistema mostra o que está naquela direção.

— Nas nossas observações, as pessoas levam cadeirinhas de praia e ficamos olhando para a Constelação de Gêmeos. Então contamos as estrelas cadentes por 15 minutos. Basta multiplicar esse número por quatro que teremos o número médio de meteoros vistos por hora — ensina a astrônoma. 

Que a atividade seja frutífera, porque o próximo evento astronômico previsto para dezembro, a chuva de meteoros Ursídeas, cujo pico deve ocorrer entre os dias 21 e 22, não estará visível para quem mora abaixo da Linha do Equador. 

Fonte: Gaúcha ZH
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