Inter foi superado nos pênaltis/Foto: Ricardo Duarte / Internacional
O Caxias é o desafiante da vez para impedir o hexa do Grêmio no Gauchão. Pela terceira vez no Estadual, a equipe da Serra enfrentou o Inter e pela terceira vez, empatou. Desta vez, o 1 a 1 no tempo normal levou aos pênaltis. Nas cobranças, o x a x classificou os grenás. Pela segunda vez seguida, o Colorado não foi nem sequer à decisão do Estadual. E verá de casa a fila sem títulos locais aumentar para sete anos.
O goleiro Bruno Ferreira brilhou e defendeu a cobrança de Estêvão. Alan Patrick, Pedro Henrique, Alemão e Matheus Dias marcaram para o Inter. Marcão, Jean Dias, Guedes, Marcelo e Wesley fizeram para classificar o Caxias.
Logo depois, na comemoração do Wesley, que colocou as mãos nas orelhas, jogadores do Inter foram para cima. Houve briga generalizada entre jogadores até entre torcedores.
Os dois mistérios de Mano Menezes foram desfeitos uma hora antes da partida. E ficaram naqueles 50% de chances para cada opção. Como volante, entre Matheus Dias e Baralhas, ficou com o segundo, mais experiente. De companheiro de Luiz Adriano no ataque, entre Pedro Henrique e Wanderson, preferiu o segundo, mais driblador e menos goleador. O Caxias repetiu a escalação da partida de ida, com a mesma ousadia de ter dois ponteiros e um armador.
O Inter começou a partida acelerado. Já no segundo minuto, quase abriu o placar. Mauricio recebeu de Alan Patrick, avançou e chutou. Bruno Ferreira salvou com a ponta dos dedos. Aos quatro, De Pena também arriscou de fora da área, passou ao lado da trave.
O Caxias não é time de aceitar pressão. E levou perigo aos 13. Diego Rosa ganhou de Mercado na velocidade, levou à linha de fundo e cruzou. Bustos chegou na hora para dividir com Jean Dias e impedir a conclusão. Aos 15, De Pena cortou mal um cruzamento e a bola sobrou para Jean Dias. Keiller foi em cima e abafou o chute.
O jogo era quente, e dois minutos mais tarde, Alan Patrick dominou um corte feito por Mercado e arrancou. O camisa 10 serviu Mauricio, que entrou na área e bateu. Bruno Ferreira defendeu com os pés. Na cobrança de escanteio, a boa foi afastada e Thauan Lara mandou uma bomba de fora da área. Outra grande defesa do goleiro.
A insistência do Inter deu resultado aos 20. E foi até com paciência. O Inter tinha a bola e, para manter a posse, recuou até o goleiro. Keiller lançou corretamente, onde estava Luiz Adriano. Seu primeiro pivô foi excelente, nos pés de Alan Patrick. Com espaço, o camisa 10 conduziu brevemente e devolveu ao centroavante. Luiz Adriano até poderia chutar, mas tinha Mauricio sozinho entrando na área. O camisa 9 optou pela assistência e deixou o 27 pronto para marcar: Inter 1 a 0.
Logo depois da desvantagem, o Caxias teve um cabeceio para fora, de Peninha. O Inter, imediatamente, também cabeceou para fora, com Vitão. E na sequência, um chute de Alan Patrick passou bem perto da trave. Nada de administração de resultado entre os colorados, nada de desespero entre os grenás.
Mercado, aos 30, quase ampliou. Alan Patrick cobrou falta para a área e o zagueiro desviou de cabeça, próximo à trave esquerda. Cinco minutos depois, o inspirado Alan Patrick aproveitou um erro de passe de Fernando e tentou fazer o gol do meio do campo. A bola passou por cima do travessão.
A superioridade do Inter não foi traduzida em mais gols. O que permitiu o castigo. No último lance do primeiro tempo, Jean Dias teve espaço e cruzou para a área. Eron, sozinho, aproveitou a desatenção de Mercado e deixou tudo igual.
As equipes voltaram sem trocas do intervalo. O começo da segunda etapa lembrou o da primeira. O Inter mais aceso, em cima, e buscando o ataque. Alan Patrick cobrou falta por cima da barreira e também do travessão.
Por falar em travessão, foi ele quem salvou o Caxias aos seis. Wanderson teve espaço pelo meio, arrancou e bateu. A bola explodiu na barra e no chão, mas fora da linha.
Apesar do ímpeto, faltava espaço ao Inter. Os pivôs de Luiz Adriano entravam, mas as conclusões de quem recebia a bola sempre encontravam o corpo de algum defensor. Em uma cobrança de falta até passou pela barreira. Mas ficou pelo lado de fora da rede.
O Caxias foi assustar o Inter aos 22. Dudu Mandai bateu cruzado, a bola passou na frente de todo mundo e ninguém colocou o pé. Ao mesmo tempo, Mano Menezes colocou Pedro Henrique na vaga de Wanderson.
A primeira participação de Pedro Henrique, aos 26, não foi gol por detalhe. Mas detalhe mesmo. Alan Patrick recuperou a bola na entrada da área e serviu o ponteiro, que bateu forte. Luiz Adriano, impedido por centímetros, completou para a rede. Lance invalidado.
Foi o último ato de Luiz Adriano, que deu lugar a Alemão. Junto, saiu Mauricio e entrou Estêvão.
Aos 34, o drama colorado aumentou. De Pena, que tinha um cartão amarelo no primeiro tempo em um lance no qual não participou, levou mais um em uma dividida no campo de ataque. Por consequência, vermelho. O Inter teria um tempão com um a menos.
Mesmo com 10 em campo, a equipe da casa seguiu atacando. Pedro Henrique, aos 37, ganhou de Marcelo na velocidade e bateu. A zaga desviou e salvou. Na cobrança do escanteio, Vitão cabeceou a centímetros da trave.
Entre os 43 e os 44, os dois times tiveram chances claras. A primeira foi do Caxias. Dudu Mandai fez boa jogada e ajeitou para Jean Dias, que cruzou na medida para Wesley, que cabeceou na trave. No lance seguinte, Pedro Henrique entrou na área e serviu Estêvão, que dominou bateu. Bruno Ferreira fez uma defesa salvadora.
Os acréscimos dados pela arbitragem se arrastaram. Entre paralisações e queda, não houve chances. Foram necessários os pênaltis.
