O Inter está diante de uma incomum oportunidade de reescrever a própria trajetória no ano. Mas, para isso acontecer, terá que bater o River Plate, nesta terça-feira, às 21h, diante de um Beira-Rio lotado, e deixar para trás a série de sete jogos sem vitórias. De quebra, adquire o direito de sonhar até com o seu terceiro título da Libertadores da América. Se ficar pelo caminho, por outro lado, mergulhará na ausência de perspectivas, sobrevivendo até o final de 2023 atrás de objetivos secundários.
O futebol é pródigo em revelar histórias de superação. É uma ilusão que faz parte do espetáculo. Por isso, os ingressos para a partida contra o River Plate se esgotaram tão cedo. A torcida confia tanto que pelo menos 45 mil colorados devem estar no Beira-Rio. Os fatos, porém, mostram que a tarefa dos colorados é das mais complicadas. O time não vence desde o final de junho e, é bom lembrar, uma vitória simples não é suficiente para o Inter. Como perdeu no Monumental de Núñez na semana passada por 2 a 1, para chegar às quartas de final, será preciso construir uma vantagem superior a dois gols.
Mas nem tudo são más notícias. Para começar, o time colorado começa a mostrar algumas características dos times montados por Eduardo Coudet, que assumiu há apenas três semanas. Ele próprio disse, após o jogo contra o Corinthians, que a equipe já tem uma identidade.
Ele poderá fazer mudanças no time. Maurício, por exemplo, se credencia a um lugar no time, seja na posição de Carlos de Pena, seja no lugar de Wanderson. Luiz Adriano, que marcou nos acréscimos diante do Corinthians aproveitando passe de Valencia, também pode aparecer. No meio-campo, Johnny e Gabriel disputam posição.